segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Contos da Meia-Noite - Nora Roberts, opinião

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Título Original: Once Upon a Midnight
Autora: 
Editora: Ulisseia
Número de páginas: 408

Sinopse:
A meia-noite serve de mote para uma série de pequenas histórias. Uma selecção dirigida por Nora Roberts, ela própria autora do primeiro conto.
Nora Roberts: A Hora dos Feitiços
Um reino é atormentado pela tragédia até que o feitiço de um deus mago faz surgir uma jovem, bela e corajosa, que terá de seguir o seu coração no amor e cumprir o seu destino na guerra...

Jill Gregory: Espelho Meu
Uma curandeira que jurou proteger o herdeiro de um reino conturbado tem de recorrer à ajuda de um cavaleiro ferido e de um espelho mágico...

Ruth Ryan Langan: Amante de Sonho
Numa viagem de negócios à Escócia, uma jovem americana desiludida com o amor é arrebatada pelo romantismo das Highlands - e pelos encantos de um perfeito desconhecido...

Marianne Willman: Terras da Meia-Noite
Ao investigar a história da sua família na Europa, uma americana depara-se com um castelo encantador e com o seu enigmático proprietário, que está convencido de que ela é a chave de uma terrível maldição...

Opinião:

Talvez embalada pelo ritmo alucinante do último livro que li da Lesley Pearse, li praticamente um conto entre dia, dia e meio (haja tempo e literalmente nada para fazer - benditas santas terrinhas e baforadas de calor que desencorajam a sair de casa eheh)

Ora bem, nesta colectanea de contos, cujo tema central é a meia-noite, ou o livro não estivesse intitulado por "Contos da Meia-noite", cada autora, á sua maneira, eleva a personagem feminina, transformando a sua vida: obrigando-a a crescer com o ultrapassar de obstáculos, confrontando-a com a hipótese de continuar ou virar costas; contudo, a nossa heroína nunca está só, pois, no meio do caos, é acrescentado um segundo elemento, para que a sua existência possa, assim, estar completa.

Cada conto está envolto pela magia e pautado pelas doze badaladas que ditam a meia-noite. E dos quatro, o primeiro conto teve um impacto bastante positivo, gostei da forma como a protagonista, Aurora, foi caracterizada, essencialmente na sua coragem e força de vontade, para levar a cabo uma missão, por norma, incumbida a guerreiros, e raramente a uma mulher. Nora Roberts, não desilude no seu estilo de escrita, e levou-me a "devorar" o conto com avidez, pois, embora, a premissa estivesse já lançada, foi interessante acompanhar o desenrolar da história, sempre com a componente da magia presente.

A partir daí senti o livro esmorecer ligeiramente, não digo que os restantes contos sejam desinteressantes, muito antes pelo contrário (apesar de ser suspeita pela minha preferência por Nora Roberts), o oculto e o romance estão intrinsecamente ligados, e o leitor é frequentemente envolvido pelo enredo e suas personagens peculiares, numa leitura agradável para ocupar as tardes de fim do Verão.


Classificação: 3,5/5

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