sábado, 4 de março de 2017

Viajando por aí - Benguela#1

 Ora bem, acho que só caí na realidade, quando o avião aterrou em solo africano, a 5 de Novembro de 2016. De certo modo, acho que ainda estava muito envolta pelo entusiasmo de viajar, que não pensei bem no assunto (apesar do tempo ter sido mais que muito porque no total fizemos três escalas: Lisboa-Amsterdão, Amsterdão-Luanda, Luanda-Catumbela)

Angola é um país rico em contradições e contrastes - a província onde fiquei é uma pequena prova disso. Das primeiras coisas que me chocaram (estilo balde de água gelada) foi a pobreza à vista de todos. Crianças meio-vestidas vinham ter connosco "madrinha, dá moeda para comprar pão". Caramba, ouvir isso ás 7h30 da manhã custa. E começar o dia, sabendo que esta era a realidade de todos os dias, marca uma pessoa, porque além do pão ou das bananas que lhes dávamos quando tínhamos, que mais podíamos fazer? Angola é um país tão rico, mas ao mesmo tempo tão pobre...

Por outro lado, apesar das dificuldades que este povo enfrenta, é incrível como nos acolhem e nos fazem sentir em casa, mesmo sendo de fora e tendo uma cor de pele diferente. Vais na rua e falam contigo, vêem-te meio desorientada e oferecem ajuda. 

Além disso, Benguela tem um dos pores-do-sol mais bonitos que já vi.



Só para não falar nas praias. As nossas são nota 10, mas lá, senhores, não ficava nada atrás, mas lá iremos.

A nível de estágio, tivemos muito contacto com a comunidade que visitava o Centro Materno-Infantil Nossa Senhora da Graça, onde acompanhávamos nas consultas e na realização de palestras. Mas também nos deslocávamos ao mercado, junto dos que não iam ao Centro. No centro propriamente dito, desenvolvemos acções de promoção de saúde não só no âmbito da saúde infantil e da pediatria, como também da saúde materna e das consultas pré-natal.

Sem comentários:

Enviar um comentário