Título Original: Meno male Che Ci Sei
Autora: Maria Daniela Raineri
Editora: Bertrand Editora
Número de páginas: 240
Autora: Maria Daniela Raineri
Editora: Bertrand Editora
Número de páginas: 240
Sinopse:
Allegra tem 17 anos. Luísa tem 35. Partilham um home, mas não o sabem. Ainda.
Aos dezassete anos, Allegra sente-se invisível: os pais
ignoram-na, os colegas da escola nova não socializam com
ela e o belo Gabrielle, com quem sonha de noite, trata-a
como se ela fosse sua irmã.
Por outro lado, Luisa, de trinta e cinco anos, sente-se sufocada. É solteira, vive uma crise dos trinta anos e divide o seu afecto entre as duas únicas amigas e o amante. Em part-time, claro, porque ele é casado.
Allegra e Luisa não se conhecem, até que um acidente vem juntá-las. E se ao princípio a convivência é tempestuosa, acabam por tornar-se melhores amigas.
Por outro lado, Luisa, de trinta e cinco anos, sente-se sufocada. É solteira, vive uma crise dos trinta anos e divide o seu afecto entre as duas únicas amigas e o amante. Em part-time, claro, porque ele é casado.
Allegra e Luisa não se conhecem, até que um acidente vem juntá-las. E se ao princípio a convivência é tempestuosa, acabam por tornar-se melhores amigas.
Com a sua escrita cinematográfica, envolvente e directa,
Maria Daniela Raineri conta-nos a história de duas
mulheres de gerações diferentes, com as suas lágrimas e os
seus sorrisos.
Opinião:
Este livro despertou-me mixed feelings por diversas vezes, pois, se por um lado a leitura tem momentos agradáveis, por outro evoca demasiadas memórias de um passado recente para o meu gosto. Já se tornou comum, para mal dos meus pecados, surgir com frequência, referência, quanto mais pequenos pormenores que atingem o fundo do poço. Mas adiante, que o objectivo é falar da história em si.
De um lado temos a jovem Allegra, de 17 anos, uma jovem que se sente ignorada pelo mundo, na sua sombra apesar do seu rosto bonito e tez delicada, e que precisa urgentemente de se encontrar. Do outro, a autora apresenta-nos Luisa, uma mulher praticamente feita, que vive um romance com um pé na fantasia e outro na realidade, sem conseguir perceber o que realmente se passa. Estas duas mulheres não se conhecem de lado nenhum, até que um acidente trágico as junta e as suas vidas se cruzam.
Ora bem, já na página 16 eu adivinhava parte do enredo, e, das duas, uma, ou isto anda muito previsível ou então há em mim um sexto sentido a florescer. Mas... considerações à parte, estas duas juntam-se e a história toma um novo rumo.
Apesar de algumas atitudes de Luisa, não foi difícil para mim simpatizar com a sua personagem. Afinal, também eu fui uma jovem apaixonada e é sabido que por vezes temos atitudes menos recomendáveis, mas ao final do dia torna-se normal e facilmente perdoável. Gostei igualmente do trio com que Silvia e Barbara formam com a amiga. Na primeira, o sarcasmo parece ser o seu segundo nome, porém, nada que não se suporte, e com Barbara a atmofera torna-se calma e serena, à excepção quando as duas amigas entram em picardias.
Por outro lado, a personagem de Allegra para mim entrou em declínio depois de passada a metade do livro. Inicialmente senti uma ligação com ela, porque eu própria já senti algum dos sentimentos que descreve ao longo da história, muito próprios da vida de um adolescente. No entanto, à medida que a história progride, perdi a conta às vezes em que fechava o livro com uma exclamação, empurrando-o para longe, até voltar a sentir alguma vontade de continuar. Perdoem-me a expressão, mas raio da miúda! Certas atitudes valiam-lhe um par de estalos, mas também há momentos em que penso "pobrezinha" e outros em que comprimo os lábios e fecho os olhos, enquanto penso "oh bolas, isto vai correr mal..." e novamente livro para o lado.
Estava com algumas expectivas, poucas, mas positivas e maior parte cairam por terra. Mas ora bem,
agora que são quase duas da manhã - confesso que não consegui largar o livro -, ainda não consigo classificá-lo quantitativamente (se bem que sei que está seguramente abaixo do 4/5), mas posso descrevê-lo da seguinte maneira:
"Ainda Bem que Estás Aqui", é uma obra sobre amizades firmes e improváveis e que muito se assemelha a um passeio de montanha russa - começa calmamente, e, quando menos damos por isso, uma série de acontecimentos derruba-nos, mas, por algum motivo, não o conseguimos largar até sabermos o fim.
E falando em final, a nível pessoal tenho de dizer que a autora ia fazendo asneira
"- O que achas se lhe chamar Federico?
"- O que achas se lhe chamar Federico?
- Acho que é uma asneira - exclama Silvia, que acabou de entrar a correr no quarto." - Por estas e por outras esta Silvia conquistou-me xD
"Sabes o que costumava dizer a minha avó? Que os homens vão e vêm, as amigas é que ficam - sentencia Barbara, apertando a mão de Luisa.
- Se não me engano a tua avó morreu alcoólica.
- Sim, mas nunca bebia sozinha!" p.202
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