terça-feira, 17 de novembro de 2015

Beijo - Jill Mansell, opinião

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Título Original: Kiss
Autora: Jill Mansell
Editora: Edições Chá das Cinco
Número de Páginas: 368

Sinopse:

Izzy um dia vai ser famosa. A indústria da música é que ainda não a descobriu. A irrepreensível Izzy tem um talento fascinante, dois namorados perfeitos e uma filha para lhe organizar a vida. Basicamente, uma vida de sonho.

Já a vida de Gina não podia ser mais infernal. O cretino do marido acaba de fugir com a amante grávida. E ela sente-se destroçada quando derruba acidentalmente Izzy da sua moto. Porém, não é propriamente o fim do mundo, pois não? Apenas uma perna partida.

Mas o mundo de Gina, como ela o conhece, está prestes a ficar de pernas para o ar. Izzy e a filha Kat foram catapultadas para dentro da sua vida, antes tão metódica. Pior, Izzy está de olho no melhor amigo de Gina, Sam, que é lindo de morrer. Como acabará tudo? Numa torrente de lágrimas ou num beijo inesquecível?


Opinião:
Mil anos depois da ultima vez que escrevi no blogue, e, mais importante, do último livro que li (blasfémia!), cá estou eu de novo.
Uma autêntica vergonha, eu sei, mas para me redimir trago-vos mais uma opinião.

Á primeira vista, a capa de tons alegres assim como o titulo, parecem fazer jus á sinopse que os acompanha, ou seja, no seu todo a autora Jill Mansell cria um enredo envolto na maior das confusões. O que não é necessariamente algo mau, considerando as várias gargalhadas que dei ao longo do desenrolar da história.
O inicio é pautado com o caracteristico bom humor á medida que as desgraças se dão e as personagens se entrecruzam, entrando na vida umas das outras, temporaria e por vezes, permanentemente.

Gina viveu a sua vida devotadamente ao marido que não tem a minima decência e lhe confessa o caso frutifero com a amante gravida. Ponto número 1, seria de esperar que este espécimen saisse rapidamente de cena, mas ao bom estilo novelesco, ainda vai causar mais danos. Adiante, ponto número 2, se estiver emocionalmente alterada não conduza - sugestão que pode ajudar a prevenir acidentes, como a meio da noite a Gina chocou com o turbilhão Izzy. Mas neste caso ninguém poderia prever o rol de acontecimentos mais rocambolescos que se viriam a desenrolar.

Izzy é cheia de vida, leva uma vida despreocupada, mas ambiciona o estrelato como cantora. E tem uma filha que em nada se parece consigo: com 17 anos, Kat é um pequeno prodígio, inteligente e demasiado dedicada aos estudos para reparar no sexo oposto. Mas nada neste livro é estanque e a partir do momento em que Izzy e Kat entram na vida de Gina, tudo pode acontecer.
Por entre as várias personagens que vão sendo introduzidas, o enredo toma, por diversos momentos, contornos dignos de uma verdadeira telenovela mexicana. Demorei praticamente três semanas a ler este livro, porque senti que certas partes eram um pouco repetitivas e cansativas... mas lá está, o drama é um componente e, de certo modo, unifica as pontas soltas que resultam num desenlace improvável, embora dispensasse algumas partes.

Mas enfim, já há muito tempo que não lia nada da autora, e em boa verdade, shame on me, já não pegava num livro (que não fossem sebentas e molhos de apontamentos da faculdade) há muiito tempo, mas no geral foi uma leitura agradável e, não sei bem como, acabei por me rever um pouco em algumas personagens - e quando somos confrontados com alguns aspectos acabamos por reflectir e pensar se queremos continuar em determinado comprimento de onda. Como tal, "Beijo" tem de tudo um pouco e um convite a quem o quiser ler.

Classificação 3/5

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Contos da Meia-Noite - Nora Roberts, opinião

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Título Original: Once Upon a Midnight
Autora: 
Editora: Ulisseia
Número de páginas: 408

Sinopse:
A meia-noite serve de mote para uma série de pequenas histórias. Uma selecção dirigida por Nora Roberts, ela própria autora do primeiro conto.
Nora Roberts: A Hora dos Feitiços
Um reino é atormentado pela tragédia até que o feitiço de um deus mago faz surgir uma jovem, bela e corajosa, que terá de seguir o seu coração no amor e cumprir o seu destino na guerra...

Jill Gregory: Espelho Meu
Uma curandeira que jurou proteger o herdeiro de um reino conturbado tem de recorrer à ajuda de um cavaleiro ferido e de um espelho mágico...

Ruth Ryan Langan: Amante de Sonho
Numa viagem de negócios à Escócia, uma jovem americana desiludida com o amor é arrebatada pelo romantismo das Highlands - e pelos encantos de um perfeito desconhecido...

Marianne Willman: Terras da Meia-Noite
Ao investigar a história da sua família na Europa, uma americana depara-se com um castelo encantador e com o seu enigmático proprietário, que está convencido de que ela é a chave de uma terrível maldição...

Opinião:

Talvez embalada pelo ritmo alucinante do último livro que li da Lesley Pearse, li praticamente um conto entre dia, dia e meio (haja tempo e literalmente nada para fazer - benditas santas terrinhas e baforadas de calor que desencorajam a sair de casa eheh)

Ora bem, nesta colectanea de contos, cujo tema central é a meia-noite, ou o livro não estivesse intitulado por "Contos da Meia-noite", cada autora, á sua maneira, eleva a personagem feminina, transformando a sua vida: obrigando-a a crescer com o ultrapassar de obstáculos, confrontando-a com a hipótese de continuar ou virar costas; contudo, a nossa heroína nunca está só, pois, no meio do caos, é acrescentado um segundo elemento, para que a sua existência possa, assim, estar completa.

Cada conto está envolto pela magia e pautado pelas doze badaladas que ditam a meia-noite. E dos quatro, o primeiro conto teve um impacto bastante positivo, gostei da forma como a protagonista, Aurora, foi caracterizada, essencialmente na sua coragem e força de vontade, para levar a cabo uma missão, por norma, incumbida a guerreiros, e raramente a uma mulher. Nora Roberts, não desilude no seu estilo de escrita, e levou-me a "devorar" o conto com avidez, pois, embora, a premissa estivesse já lançada, foi interessante acompanhar o desenrolar da história, sempre com a componente da magia presente.

A partir daí senti o livro esmorecer ligeiramente, não digo que os restantes contos sejam desinteressantes, muito antes pelo contrário (apesar de ser suspeita pela minha preferência por Nora Roberts), o oculto e o romance estão intrinsecamente ligados, e o leitor é frequentemente envolvido pelo enredo e suas personagens peculiares, numa leitura agradável para ocupar as tardes de fim do Verão.


Classificação: 3,5/5

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Sonhos Proibidos - Lesley Pearse, opinião

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Título Original: Bell 
Autora: Lesley Pearse 
Editora: Edições ASA 
Número de Páginas: 624 

Sinopse: 

Londres, 1910 

Belle tem quinze anos e uma vida protegida. Graças aos cuidados da ama, ela nunca se apercebeu de que a casa onde vive é um bordel, regido com mão de ferro pela sua mãe. Porém, a verdade encontra sempre maneira de se revelar… Para Belle, será no trágico dia em que assiste ao assassinato de uma das raparigas da casa. Ingénua e indefesa, ela fica à mercê do criminoso, que a rapta e leva para Paris, onde se inicia como cortesã. Afastada do único lar que conheceu, a jovem refugia-se nas memórias de infância e acalenta o sonho de voltar aos braços do seu primeiro amor, Jimmy. 

Mas Belle já não é senhora do seu destino. Prisioneira da sua própria beleza, é alvo do desejo dos homens e da inveja das mulheres. Longe vão os anos da inocência e, quando é levada para a exótica e decadente cidade de Nova Orleães, ela acaba por apreciar o estilo de vida que o Novo Mundo tem para lhe oferecer. Mas o luxo e a voluptuosidade que a rodeiam não mitigam as saudades que sente de casa, e Belle está decidida a tomar as rédeas da sua vida. Um sonho que pode ser-lhe fatal pois há quem esteja disposto a tudo para não a perder. No seu caminho, como barreiras fatais, erguem-se um continente selvagem e um oceano impiedoso. Conseguirá o poder da memória dar-lhe forças para sobreviver a uma viagem impossível? 

Opinião: 

Confesso que já andava algo afastada dos livros de Lesley Pearse pelo impacto que têm em mim. E por sugestão de uma grande amiga que andava a ler “A Promessa” deixei-me levar em mais uma viagem tortuosa e não estou nada arrependida! Em “Sonhos Proibidos” a autora remete-nos para um cenário de degradação de um dos bairros mais desfavorecidos de Londres, Seven Dials, que serve de casa a tanta gente sem posses e que é obrigada a sobreviver.

Belle vive resguardada de um dos temas que me causa estranheza e até uma certa aflição – tratando-se de algo que sucede na sociedade desde o início dos tempos e infelizmente ainda marca os dias de hoje: a prostituição. A mãe de Belle, Annie, gere um bordel, o Annie’s place, e tenta proteger a filha dessa realidade, providenciando uma boa educação e impondo regras, mas nada a impede de presenciar um acontecimento que irá mudar tudo para sempre e irá atirar Belle para um mundo de escuridão e de onde é raro escapar.

Como comecei por dizer, Lesley Pearse tem o dom de escrever personagens cuja força é testada ao limite, e onde cada palavra e acontecimento não são escondidos ao acaso, pelo que, ao longo do livro tive muitos momentos em que queria continuar mas dei por mim a interromper a leitura – após findo o respectivo capítulo, claro eneh – ou dava por mim a ler três ou mais capítulos de uma assentada enquanto sustinha  o fôlego.

“Sonhos Proibidos” dá início a uma saga, da qual confesso que só conhecia “A Promessa”, e é um livro tão envolvente como o título nos indica, o qual me arrebatou do início ao fim. Apesar do tema me chocar ao ponto de envolver raparigas tão ou mais jovens que Belle, gostei muito da forma como a autora lhe deu seguimento, colocando muitas pessoas no caminho de Belle, que ao longo da sua jornada, a ensinaram a conhecer a natureza do ser humano, a distinguir o certo do errado, e que havia boas e más pessoas “e aquelas que estavam no meio e tinham um pouco de bom e de mau porque tinham sido danificadas pelas coisas más que lhe tinham acontecido.” * 

Este é um livro envolvente, cuja leitura se torna viciante com descrições tão vividas, capazes de nos suscitar horror, tristeza e alegria, e polvilhada com a dose certa de adrenalina.

Classificação: 5/5 


* Excerto retirado da página 584, 5° parágrafo, linhas 15-17.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

(II) Roteiro pelo paraíso secreto do chocolate



E com este post quero dar-vos as boas-vindas ao paraíso da Nutella!

Este post já vem muiiiito, muito atrasado, mas quando se trata de chocolate (pensar, falar, comer, etc) nunca é tarde eheh E se formos ver trata-se de um verdadeiro roteiro! Mas já lá chegamos. Nos entretantos, quero apresentar-vos o verdadeiro antro do pecado, um local pérfido, onde o protagonista se trata de um dos objectos mais cobiçados e luxuriantes desde o tempo em que se descobriu que o cacau possuía características maravilhosas.


A Nut'chiado é um pequeno espaço, contudo acolhedor, situado a alguns metros dos Armazens do Chiado, em Lisboa, e promete deliciar miúdos e graúdos. A localização nem sempre foi fácil de chegar, qual carverna de Ali Babá, mas assim que dei com ela, já lá estive algumas vezes, e em todas elas, saí bastante satisfeita.


1ª prova do Crime, em 13-04-15

Da primeira vez, numa expedição com amigos, não resistimos a experimentar a gauffre com nutella. Afinal, com montras e cartazes que alegremente apregoam promessas de um momento deliciosamente passado, quer se decida aventurar sozinho ou partilhar o momento com amigos, quem é que diz que não a um quadrado de perdição, generosamente regado com nutella e polvilhado com açúcar em pó? 


2ª prova do Crime, em 19-04-15
Nem uma semana depois, lá voltei eu para provar os Churros com Nutella. Não eram nada de transcendente, e a nutella era pouca, mas valeu pela companhia :)




 3ª prova do Crime, em 01-08-15

  E quatro meses depois, qual filha pródiga que volta a casa, num dia quente de verão, não resisti em regressar com uma amiga, e desta feita experimentei os crepes com Nutella e um granizado de lima limão. Devo confessar que estavam óptimos e superaram a desilusão da última visita. O crepe era consistente, nem muito fino nem tão grosso que enjoasse á terceira ou quarta garfada, e a nutella estava na quantidade certa. Portanto, ium!




É um espaço que peca pela área reduzida, que num dia tanto enche até a fila dar a volta à esquina, como há alturas em que podemos lachar calmamente, por entre risos e conversas. ANut'chiado é um antro do pecado mas, de vez em quando não tem mal em dar lá um saltinho eheh

Posto isto, para não fugir muito á regra, o objectivo é ler um livro dentro desta temática. E, juntando o útil ao agradável (visto que adicionei este livrinho à estante há pouco tempo) proponho-me a ler até ao final do ano:

Sapatinhos de Chocolate, Trisha Ashley

terça-feira, 4 de agosto de 2015

A Bibliotecária - Logan Belle, opinião


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Título Original: Bettie Page Presents: The Librarian
Autora: 
Editora: Editorial Planeta
Número de páginas: 328

Sinopse:

A jovem Regina Finch adora livros e sente-se feliz porque conseguiu o seu emprego de sonho: trabalhar na New York Public Library. Mas o que parecia ser a promessa de uma rotina tranquila no meio de clássicos da literatura revela-se um irresistível jogo de sedução quando conhece o enigmático Sebastian Barnes. Um dia Regina descobre por entre os corredores do santuário bibliotecário uma tórrida cena sexual entre Sebastian e uma funcionária. Uma mistura de repulsão e desejo consome Regina e uma paixão despertará na jovem sensações jamais imaginadas. Uma tarde repara num livro sobre a vida de Bettie Page. Com estes trunfos, Regina espera descobrir a sua destreza sexual e seduzir o homem que ama.

Opinião:

Acabei de o ler ontem de madrugada, por isso a opinião é relativamente fresca e fofa.

Posso começar por dizer que tinha algumas expectativas formadas quando comecei a ler o livro, e, ingenuamente, apesar do que a sinopse induz, não pensei que se fosse desenrolar da seguinte forma. 

Regina Finch é uma jovem que, tal como nós, leitoras, adora livros (quem não?) e cujo emprego de sonho está ao alcance de uma mão - trabalhar na New York Public Library, é algo que almeja desde sempre e que consegue, depois de sair de baixo das asas da mãe, em Filadélfia.
Regina é o tipo de jovem tímida, escondida por detrás de uma franja ao estilo de Bettie Page, um cisne por descobrir, e por entre as muitas fileiras de estantes, e de milhares de livros que lhe dão o conforto exacto para que se sinta feliz e realizada. De certa maneira não foi difícil simpatizar com a personagem, ao mesmo tempo que vivia as descrições da bela biblioteca, enquanto me perguntava se tinha passado por ela durante a minha estadia em Nova Iorque.

Vive com Carly, a companheira de casa abastada, que em tudo é diferente de si, mas que, de alguma maneira, é possível estabelecer uma relação que a vai ajudar ao longo da narrativa.

Apesar da acalmia costumeira das bibliotecas, Regina vê todo o seu mundo abalado quando se depara com Sebastian Barnes:

"um homem alto e de ombros largos" que "levantou para ela uns olhos aveludados, castanho-escuros, quase negros", "a esboçar um sorriso tão sedutor que a deixou sem fala. Tinha as maçãs do rosto salientes, um nariz fino e uma minúscula cova no queixo. O cabelo era negro e brilhante, m tanto comprido, a cobrir-lhe o colarinho da camisa." (pág.20/21)

Pronto, acho que ficou assente que o homem é um achado. Pelo menos, a autora projectou-o como um espécime de tirar o fôlego e o discernimento à nossa querida protagonista.
Mas desengane-se quem pensa que por detrás do aparência impecável e fatos engomados não existe mais. Sebastian nutre uma paixão pela fotografia, que transparece na sensualidade das inúmeras mulheres que fotografa, e o seu encontro com Regina despoleta muitas emoções, incluindo o desejo de a possuir.

É aqui que para mim a história descarrila e começo a perder vontade de prosseguir na leitura.

Sei que é um erro sacrossanto comparar leituras, e o meu perdão á escritora, mas parece que depois de ter lido as Cinquentas Sombras de Grey, de E.L. James, todos os livros eróticos giram á base do mesmo. Do que li sobre o assunto, e da posterior pesquisa que fiz, já tenho uma certa noção sobre o BDSM (Bondage, Discipline, Sadomasochism) e não me surpreende as cenas que são descritas, com ou sem uso de instrumentos auxiliares, ou apenas com o poder do domínio que o dominador tem sobre o submisso. 

A relação entre Sebastian e Regina é claramente de dominador e submisso. E confesso que me fez espécie todo o tratamento formal, tão típico de quem toma o chá das cinco, e de todas as ordens expressas, sob o risco de castigo, apesar da proximidade que o comportamento de Sebastian traduz em relação a Regina. Se bem que o próprio acaba por admitir, muito á semelhança de Christian Grey, tratar-se de uma obsessão.

No geral não foi tudo terrível. Reconheço que a intervenção de Sebastian, chamemos-lhe assim, contribuiu para o despertar de Regina, que, no início era não mais que um suposto patinho feio, e, pela altura do desfecho, se transformara numa mulher mais decidida e segura de si, com consciência dos seus limites e até onde desejara ir para conquistar o homem que amava. (E por esta altura já se tratavam por tu. Enfim.)

Não é uma leitura desagradável, é maioritaramente pontilhada por cenas descritivamente quentes e eróticas, muito características do estilo sensual/erótico; e pelo meio, a autora dá-nos a conhecer a biblioteca que faz de cenário central da narrativa, assim como alguns detalhes sobre a profissão. E confesso que fiquei algo curiosa com Bettie Page, a qual sabia apenas ser um modelo pin-up muito célebre no seu tempo.


Classificação: 2,5/5

domingo, 26 de julho de 2015

Surpreende-me - Megan Maxwell, opinião

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Título Original: Sorpréndeme
Autora: 
Editora: Editorial Planeta
Número de páginas: 408

Sinopse:

A autora resolveu escrever uma sequela da série Pede-me o Que Quiseres, pegando em duas personagens secundárias, mas importantes na trilogia para dar vida a mais uma história de amor escaldante e de sexo tórrido!

Björn é um atraente advogado a quem a vida sempre sorriu. É um homem ardente, alérgico ao compromisso e agrada-lhe desfrutar da companhia feminina nos seus jogos sexuais. Melanie é uma mulher de acção. Como piloto do exército americano está acostumada a levar a vida ao limite, no entanto, a sua principal missão é a de lutar como mãe solteira pelo bem-estar da filha.
Quando o destino os põe frente a frente, a tensão entre eles torna-se evidente. O que no começo foi um encontro hostil, pouco a pouco irá converter-se numa atracção irresistível. Conseguirão estes dois titãs entender-se?


Opinião:
Não tendo lido nada anterior da autora, esta é efectivamente a minha estreia na trilogia e devo confessar que fiquei agradavelmente surpreendida.

Melanie tem uma vida regida pelas regras e organização do exército, onde é piloto e se orgulha profundamente da sua profissão. Lamenta, contudo, o tempo que passa distante da filha Sammi, e tende a manter essa parte da sua vida num espaço que apenas a si diz respeito. Ainda sentido a perda do homem que sempre amou, Mel, tem uma vida paralela, onde vive a sua liberdade entre jogos de sedução e pura luxúria, de olhos vendados, sem a necessidade de saber nomes ou manter contacto.
Nada podia prever que o seu caminho se iria cruzar com Björn, nem tão-pouco o impacto que esse encontro iria ter na vida de ambos.

Por seu lado, Björn é um homem culto, poderoso e que sabe o que quer: tem charme, um corpo espetacular, e mulheres é o que não lhe falta, muito menos o prazer que lhe podem proporcionar ao longo de uma noite. Escusado será dizer que não está minimamente preparado para o caos que a vinda de Mel irá provocar.

Portanto, Björn e Melanie são duas personagens sólidas que, sem saber, partilham muito mais do que uma personalidade forte. A relação de ambos é de amor-ódio, caracterizada por chorrilhos de insultos, onde momentos de humor não faltam, e embora a atracção que sentem um pelo outro, não seja imediata, vai progredindo, cativando o leitor, conduzindo-o por caminhos onde o mistério é o ingrediente principal, seguido por muita faísca e momentos cujo soberano é a luxúria. 

Surpreende-me, é de facto surpreendente pela quantidade de momentos explicítos, onde a autora não se coíbe de expressar o erotismo latente, em todos os jogos sexuais protagonizados pelas personagens. Contudo, não me choca, e reconheço neste livro, um óptimo exemplo do romance erótico, pois senti-me cativada pela intensidade das cenas, intercalada com momentos de alguma descontracção e seriedade. E apesar do seu conteúdo explícito, a história não peca pela falta de conteúdo. Existe um fio condutor, que consegue prender o leitor (além de toda a sensualidade que vibra em cada página, para quem é apreciador, claro), e foi interessante acompanhar com alguma ansiedade, confesso, os encontros e desencontros que levaram ao "fatídico" ponto de convergência no Sensations - o clube nocturno, que abre as suas portas e convida às mais variadas aventuras e fantasias sexuais, para quem esteja disposto a desafiar os seus limites.

A história progride num ritmo de avanços e recuos, muito típico do romance tórrido em que as personagens evitam a todo custo o compromisso; O facto de Mel ser piloto, ainda para mais americana, constituiu um ponto de fricção que alimentou alguma tensão no desenrolar da história, não só derivado de todo o secretismo, mas também pelo confrontar de ideias e crenças, que tem por base uma história e todo um passado, e que de certa maneira levou a uma espécie de reflexão, em que se considera colocar um futuro em causa em nome do passado, e, ao mesmo tempo se abre toda uma miríade de hipóteses.

A autora introduz habilmente personagens da saga anterior "Pede-me o que Quiseres", como Judith e Eric,  e que acabam por ter um impacto significativo não só ao longo do livro, mas mais importante no desenlace. E como desconhecia por completo, esta "intromissão" gerou alguma curiosidade, a suficiente para embarcar na leitura dos restantes livros.

Acima de tudo, o que me leva a recomendar este livro, é o equilíbrio que caracteriza a obra - apesar de todos os jogos sexuais, não existe sobreposição de sexos - não há apenas um dominador e um sumbisso. Ou seja, de certa maneira, ambos se dominam, e ambos se submetem um ao outro, experimentando sensações, impossíveis de experiênciar com outra pessoa qualquer. Esse equilíbrio é igualmente notado pela força da personagem feminina que exerce uma profissão tipicamente masculina, mas que revela momentos de extrema ternura e preocupação para com a filha, além de tudo o que é descrito, e assim a tornam completa com Björn.


Classificação: 4/5

segunda-feira, 25 de maio de 2015

As Cinquenta Sombras de Grey - E.L.James, opinião

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Título Original: Fifty Shades of Grey
Autora:
Editora: Lua de Papel
Número de páginas: 552


Sinopse: 
O início da trilogia de que todas as mulheres estão a falar... discretamente.

Anastasia Steele é uma estudante de literatura jovem e inexperiente. Christian Grey é o temido e carismático presidente de uma poderosa corporação internacional. O destino levará Anastasia a entrevistá-lo. No ambiente sofisticado e luxuoso de um arranha-céus, ela descobre-se estranhamente atraída por aquele homem enigmático, cuja beleza corta a respiração. Voltarão a encontrar-se dias mais tarde, por acaso ou talvez não. O implacável homem de negócios revela-se incapaz de resistir ao discreto charme da estudante. Ele quer desesperadamente possuí-la. Mas apenas se ela aceitar os bizarros termos que ele propõe... Anastasia hesita. Todo aquele poder a assusta - os aviões privados, os carros topo de gama, os guarda-costas... Mas teme ainda mais as peculiares inclinações de Grey, as suas exigências, a obsessão pelo controlo… E uma voracidade sexual que parece não conhecer quaisquer limites. Dividida entre os negros segredos que ele esconde e o seu próprio e irreprimível desejo, Anastasia vacila. Estará pronta para ceder? Para entrar finalmente no Quarto Vermelho da Dor? As Cinquenta Sombras de Grey é o primeiro volume da trilogia de E. L. James que é já o maior fenómeno literário do ano em todos os países onde foi publicado.

Opinião:

Quero começar por dizer que quebrei uma "pseudo-regra" sacrossanta, pois comecei por ver o filme, (há sensivelmente um mês, mês e meio) e a semana passada comecei a ler o livro. E por conseguinte, a leitura foi, invariavelmente, acompanhada por trechos do filme, o que "estragou", por sua vez, o factor surpresa implementado pelos mais variados autores.

Não estava de todo previsto embarcar nesta aventura, apesar da inicial curiosidade associada a todo o furor e alarido em volta do filme, muito antes de estrear nas salas de cinema português. Houve, de facto, muito sururu com a escrita de E.L.James, e eu mantive-me uma mera espectadora silenciosa, pois, por natureza, tendo a não criticar sem antes ter conhecimento de causa. E finda a leitura, posso finalmente pronunciar-me sobre um dos romances mais badalados da actualidade.

Ora então, como disse anteriormente, foi difícil dissociar a imagem com que fiquei do filme, do livro, pois, á medida que a leitura avançava, dava por mim ora a comparar ora a antecipar determinados momentos. O conceito da história passa muito por um romance cuja trama está bastante pautada com momentos altamente descritivos de BDSM e da própria relação que os protagonistas desenvolvem entre si. A autora consegue mesmo transmitir os sentimentos de luxúria e lascívia ao leitor, o que, neste livro compõe o quadro de entertenimento a par com o enredo pouco desenvolvido e algo repetitivo, na minha humilde opinião.

Centrando-me na história, Anastasia é uma jovem, como qualquer outra, que (agora vem aí o facto de exclusão) vê a sua vida mudar radicalmente, quando conhece o sensual e misterioso magnata Christian Grey. Por sorte ou azar do destino, a vida de ambos cruza-se irremediavelmente, levando a jovem Ana a conhecer-se e a ir além dos seus limites. A relação entre Ana e Christian, se é que se pode apelidar assim, é algo estranha, ou seja, Anastasia não consegue controlar os seus sentimentos por ele, acedendo a comportar-se de determinadas maneiras, com receio que Christian a rejeite, e por trás, existe um contrato (descrito detalhadamente) ao longo de várias páginas que lhe permite ter acesso a Christian, mas em simultâneo pode levá-la a perder tudo. Por isso, como em todo o livro, a questão de ganhar ou perder é algo relativa.

Ao longo da narrativa, houve momentos em que acabei por me identificar com a personagem de Anastasia. Além do seu gosto por livros, é uma jovem que vai conhecendo os seus limites e vai ganhando força com o desenrolar da sua relação com Christian. Contudo, também foram inúmeras as vezes em que revirei os olhos face a determinadas atitudes, e pensei: Mas quando é que isto acaba?

Em suma, o livro entertém, deu continuidade á leitura de romances eróticos que encetei no início do ano, mas peca por capítulos em que a descrição seria escusada, pois está em excesso, assim como os momentos repetidos que em nada acrescentam à história, apenas servem, na minha opinião, para cansar o leitor. No entanto, tenho alguma curiosidade com a restante saga, e quem sabe ainda não irei manifestar a minha opinião sobre as mesmas.

Classificação: 3,5/5

sexta-feira, 1 de maio de 2015

De Olhos Fechados - Eve Berlin, opinião

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Título Original: Pleasure's Edge
Autora: 
Editora: Quinta Essência
Número de páginas: 280

Sinopse:
 Se não for ao limite, como saberá até onde pode ir?

Alec Walker é um escritor de thrillers psicológicos sombrios - e um homem que vive para as suas emoções. Desde motos a skidiving, passando por nadar com tubarões, a sua busca incessante de prazer e excitação não tem fim. Essa busca estende-se também às suas relações pessoais, onde nenhuma regra limita os seus desejos. A única coisa que Alec teme é o amor - e permitir que outra pessoa o conheça realmente.

Enquanto faz investigação para um livro sobre extremos sexuais, Dylan entrevista Alec - e anseia por saborear a tentação que ele lhe oferece. No entanto, Alec é um dominador famoso e ela recusa entregar-lhe o controlo. Lenta e sedutoramente, Alec mostra-lhe que ao entregar-se-lhe de forma incondicional e submeter-se a todos os seus desejos, ela poderá experimentar o derradeiro prazer. Porém, para poder ficar com a mulher que pela primeira vez o faz ajoelhar, será Alec capaz de correr o maior de todos os riscos e entregar o seu coração?

Embalados por um misto de prazer e apreensão, o casal vê-se numa situação tentadora enquanto evita entregar-se ao sentimento que nasce entre eles.

Opinião:

Este foi um livro que me foi surpreendendo ao longo da narrativa. Integra-se no estilo de literatura erótica/romance sensual, em que a autora, ou quiçá por uma questão de tradução - fica sempre a dúvida -, descreve diversas cenas quentes, de sexo explícito, contudo dentro de uma linguagem cuidada.
A primeira coisa que me chamou à atenção foi a autora escolher duas personagens que não podiam ser mais diferentes uma da outra, apesar de partilharem a mesma profissão, embora dentro de géneros diferentes, Alec dentro do género de thriller e Dylan como escritora de romances eróticos.

Chocou-me um pouco a intensidade do impacto que apenas um único encontro teve em ambos, repercutindo-se em ondas de desejo insatisfeitas pela falta do contacto, o toque, que eram saciadas, porém, infrutiferamente. E á medida que ia lendo, eu própria ansiava pelo momento em que Dylan e Alec se iriam encontrar, pondo freio à fome que lentamente os consumia. Mas devo dizer que a partir desse momento, foi como se entrasse num comboio desgovernado.

Como a própria sinopse revela, Dylan deseja aprofundar os seus conhecimentos sobre BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo), para dar corpo ao seu novo livro, porém, é necessário um toque de autenticidade o que a leva a experimentar o universo de Alec, arriscando-se a perder-se nele. A trama é assim pautada de muitos momentos em que o conteúdo abordado tem por detrás cenários muito bem elaborados e descritivos, capazes de cativar e captar a atenção dos leitores. Temos inicialmente o museu de Arte Oriental, cenário do primeiro encontro entre as personagens, onde já se podiam captar a tensão sexual que pulsava entre ambos, seguindo-se pelo clube de BDSM que Alec e o amigo Dante, igualmente dominador, frequentavam. De certo modo, talvez por ser um assunto que não versa propriamente nos meus interesses literários, fiquei fascinada com que o tema é tratado, desde as descrições do Pleasure Dome, à elegância dos diversos objectos utilizados, até ao pormenor em que a dor é transformada em prazer, levando a submissa ao subespaço.

Embora, De Olhos Fechados, se possa intitular como um romance sensual, não estava com a expectativa de ler propriamente um romance, pois, como pude comprovar, é uma narrativa enriquecida com cenas escaldantes e plenas de erotismo, porém, onde também se verifica um certo companheirismo, e até confiança entre as personagens, ingredientes que considero fundamentais em qualquer relação.

Quer Dylan quer Alec têm passados sobre os quais não desejam falar, e cujas cicatrizes os continuam a assombrar, contudo, com o desenrolar da história vão sendo desvendados. No entanto, fiquei com a sensação de que essa componente ficou mal aprofundada. Percebe-se a relação que existe com Dylan, e de que maneira é que influenciou a forma como tem vivido, e de facto o mesmo acontece em relação a Alec, só que de mais superficialmente.

A par com as personagens principais, são introduzidas duas outras, Misha e Dante, que, apesar do pouco enfoque, denota-se algum significado que têm para os protagonistas. E, segundo as minhas pesquisas, como este volume é apenas o primeiro da Trilogia Edge, é esperado que nos volumes seguintes, ambos tenham um outro enfoque.

De Olhos Fechados, proporciona uma leitura alucinante, plena de momentos excitantes e onde impera puramente a luxúria e o desejo, mas que peca pelo desenlace. Porque estava eu ainda envolta naquela adrenalina própria da relação entre dominador e submisso, que lentamente se vai esbatendo, pois o inevitável acaba por acontecer, como é próprio dos romances, e se calhar é de mim, que estou a ficar menos lamechas - a sério, não me interpretem mal, os apreciadores de romances decerto vão gostar, porque de facto é praticamente digno de um óscar, e eu própria, noutros tempos, teria aplaudido de pé, enquanto enxugava uma lágrima solitária no canto do olho, e abafava suspiros - mas nãao, acho que cortou o clima, e ficou lamechas. Pronto, já disse.

De qualquer das maneiras, é uma leitura irreverente e estimulante que recomendo.

Classificação: 3,5/5

terça-feira, 28 de abril de 2015

Vertigem de Paixão - Elizabeth Hoyt, opinião

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Título Original: To Seduce a Sinner
Autora: 
Editora: Quinta Essência
Número de páginas: 372
Saga: A Lenda dos Quatro Soldados #2

Sinopse:
Durante anos, Melisande Fleming amou Lorde Vale de longe… vendoo seduzir uma sucessão de amantes e, uma vez, entrevendo a intensidade de sentimentos sob o seu exterior despreocupado. Quando ele é abandonado no dia do casamento, ela enche-se de coragem e oferece-se para ser sua mulher.

Vale tem todo o gosto em desposar Melisande, nem que seja apenas para produzir um herdeiro. Porém, tem uma agradável surpresa: uma dama tímida e recatada durante o dia, ela é uma libertina durante a noite, entregando-lhe o seu corpo… mas não o seu coração. Decidido a descobrir os segredos de Melisande, Vale começa a cortejar a sua sedutora mulher - enquanto esconde os pesadelos dos seus dias de soldado nas Colónia que ainda o atormentam. No entanto, quando uma mortífera traição do passado ameaça separá-los, Lorde Vale tem de expor a sua alma à mulher com quem casou… ou arriscar-se a perdê-la para sempre.

Opinião:
Embora "Vertigem de Paixão" seja o segundo volume da saga da Lenda dos Quatro cavaleiros, foi com este que me estreei com a autora Elizabeth Hoyt. Relativamente à história, a autora conjuga o romance erótico com um pano de fundo histórico, que tem por base um cenário bélico no Quebeque.
Jasper Renshaw, duque de Vale, é um homem atormentado pelas memórias de uma batalha que lhe custou mais do que o sofrimento físico. Mas como homem versado na arte da corte, é algo que consegue esconder de dia, atrás do seu olhar e sorriso cativantes. Porém, quando a noite cai, refugia-se no que esta tem de melhor para oferecer, jogo e mulheres, o que seja, para o fazer esquecer, em vão, o que viveu, em tempos idos. Até que conhece Melisande Fleming - a única mulher que teve a ousadia de lhe propor casamento, momentos depois de ter sido abandonado no altar pela noiva (que o trocou por um pároco).

Não posso deixar de notar que todo este começo tem uma nota de ironia, pois, aquele que, na época, era considerado um dos solteiros mais cobiçados, aquele que roubava suspiros com apenas um olhar, fora trocado por um jovem de aparência trigueira, de olhos de um azul profundo. A partir daí, a história tem um desenrolar algo peculiar, pontilhado de momentos onde impera o imprevisível.

Melisande é uma personagem que me surpreendeu muito ao longo da história. Inicialmente dá a entender que tem muito de frágil, grande parte pela forma discreta como se veste de pastel e tons cinzentos, que em nada a realça, e como interage com os outros, quase como se almejasse ser uma planta de decoração, a quem não prestam a mínima atenção. Porém, Melisande observa. Principalmente o duque de Vale, a quem ama profundamente, e não se pode dar ao luxo de lhe revelar o que sente. Por isso, após o crepúsculo, assume o papel de dama da noite, e, sem hesitar entrega o seu corpo ao homem que ama, por entre os mais variados jogos de sedução, onde o leitor acompanha o desabrochar e a entrega progressiva do par romântico.

Como romance sensual, a autora cumpre com a sua escrita, num registo suave e fluído, de linguagem simples, a promessa de um romance cuja paixão é capaz de aquecer a noite mais fria. Melisande e Vale são, á partida um casal improvável, derivado do pouco contacto que mantém, o qual é baseado na cordialidade própria de um casamento de época. Contudo, quando a noite cai, Melisande despe-se de preconceitos e abraça a sua sensualidade, que surpreende tanto as personagens como o leitor. A par, claro, com o despertar de algo que os acabará irremediavelmente por unir.

Paralelamente, decorre um mistério cujo cenário atormenta Lorde Vale, maioritariamente de noite, quando os fantasmas do passado surgem mais facilmente, e a busca pela verdade se torna incessante. Uma traição, já de si pode ser gravosa, porém, quando existe a possibilidade de ter ocorrido dentro do seu regimento, Vale jura não parar até descobrir quem poderá ter provocado o massacre no Quebeque, roubando-lhe muito mais do que alguém poderia imaginar. Este é um ponto que é falado ao longo da história, e que não só confere um ponto de interesse à história, acabando por levar a muitas perguntas sem resposta, como permite ao leitor muito mais que um vislumbre das cicatrizes que marcam o corpo e alma de Vale.

Classificação: 3,5/5

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Paixão Numa Noite de Inverno - Eloisa James, opinião

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Título Original: An Affair Before Christmas
Autora: Eloisa James
Editora: Quinta Essência
Número de páginas: 386

Sinopse: 
Num Natal fabuloso, Lady Perdita Selby, Poppy para amigos e família, conheceu o homem que pensou que iria amar para sempre. O diabolicamente atraente duque de Fletcher era o marido perfeito para a inocente e bela inglesa, e o seu casamento foi o mais romântico que ela alguma vez vira. Quatro anos mais tarde, Poppy e o duque tornaram-se o alvo das atenções da alta sociedade... mas, por trás de portas fechadas, a chama do seu amor extinguia-se.
Relutante em perder a mulher que continua a desejar, o duque está determinado a voltar a conquistar os deleitáveis afectos da sua encantadora noiva... e a ultrapassar os dias impetuosos do primeiro amor com uma sedução verdadeiramente pecaminosa.
Poppy casou sob uma chuva de pétalas de rosa depois de conhecer o seu duque em Paris... o casamento mais romântico que se possa imaginar. Quatro anos depois… as pétalas de rosa transformaram-se em pó. Mas só depois de sair de casa do marido é que Poppy começa realmente a compreender o que é o romance…

Opinião: 
Foi com este romance que finalmente me estreei com a autora, e devo confessar que fiquei cativada.

Trata-se de um romance leve, cuja história se desenrola em torno de Perdita e Fletcher, o eterno casal apaixonado - ou assim o leitor é levado a pensar. Poppy levou toda a sua existência a ser conduzida, ora mais rígidas, frívolas ou patéticas, opiniões da mãe, Flora - uma dama entre leões que não se deixa intimidar por nada nem ninguém, e definitivamente não olha a meios para atingir o que deseja. Poppy apaixonou-se perdidamente por Fletcher, mas ao ver o romance arrefecer progressivamente o seu casamento, para muito malgrado da mãe, decide fazer algo impensável - virar costas ao que sente e sair de casa, concentrando-se em si e nos seus gostos e paixões escondidas.
A partir daí desenrolam-se as situações mais caricatas entre o casal e são introduzidos as personagens secundárias que dão alguma luz a esta história.

Jemma, a duquesa de Beaumont, é uma mulher de uma beleza sofisticada e intelecto perspicaz, uma mulher de paixões, cujo comportamentos fazem o deleite dos mexericos da época e que qualquer mãe gostaria de ver longe da mais casta das filhas. Jemma é pois a antítese de Poppy e igualmente a sua melhor amiga. Aquela que lhe dá guarida durante o interregno no seu casamento, e que assiste, com grande surpresa, ao desabrochar da amiga. A sua história, embora secundária, considero que tem um papel preponderante no desenrolar dos acontecimentos, conferindo um certo interesse ao leitor, tendo-me levado a querer saber sempre mais um pouco sobre o que a autora lhe destinara.
Apesar do seu nome estar invariavelmente associado a inúmeros escândalos, Jemma é uma mulher determinada e sagaz, contanto, a sua faceta frágil e apaixonada foi algo que me tocou, deixando-me ainda mais fã da personagem. O seu destino cruza-se com o de dois homens, tendo como pano de fundo o de uma promessa indecente e um tabuleiro de xadrez.

Ainda outras personagens são abordadas como o charmoso duque de Villiers e o de Miss Charlotte Tatlock, as histórias entrelaçando-se em fio de seda, e foi com grande interesse que devorei os capítulos, porém, os respectivos finais em aberto deixaram-me aborrecida, pois embora não sendo o centro do enredo, ficaram aquém das minhas expectativas.

Á medida que acompanhamos o crescimento desenvolto de Poppy, ficamos a compreender os motivos que levaram a que o casal se distanciasse ao longo dos anos, e, simultaneamente, Poppy e Fletcher, começam efectivamente a conhecer-se um ao outro. Mas será possível que a magia de um beijo seja capaz de acender a chama de um velho amor?

A escrita fluída e os cenários com que a autora nos encanta, associados a personagens coesos e apaixonados, divertidos e com um quê de profundidade, e outros dignos de uma cabaça, são os ingredientes que dão vida e cativam o leitor a não querer pousar o livro.
Uma história perfeita para ser lida à lareira, num dia de Inverno.

Classificação: 4/5

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Deslumbrante, Madeline Hunter - opinião

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Título Original: Ravishing in Red
Autora: Madeline Hunter
Editora: Edições ASA
Número de páginas: 320

Sinopse:

Numa época em que a reputação de uma mulher é o seu bem mais precioso, Audrianna desafia todas as convenções. Ela é uma jovem determinada, independente… e disposta a tudo para aniquilar o seu adversário, o altivo Lord Sebastian Sommerhayes. A uni-los está um homem: o pai de Audrianna, que morreu envolto nas malhas de uma conspiração. Para Audrianna, essa tragédia significou o fim da sua inocência. Para Sebastian, que liderou a investigação, foi apenas uma morte merecida. Audrianna jurou limpar o nome do pai, mas nunca esperou sentir um desejo tão avassalador pelo homem que o arrasou. A busca pela verdade vai levá-la demasiado longe numa sociedade que é implacável perante a ousadia feminina. Ao ver-se mergulhada num escândalo que pode ser-lhe fatal, Audrianna tem apenas uma inconcebível opção…

Opinião:

Audrianna é uma jovem que deseja profundamente limpar o nome e honra do falecido pai, que, crê ter sido incriminado injustamente. Nessa demanda, porém, não esperava encontrar em Lord Sebastian, não só um oponente à altura, mas alguém que viria a abrir-lhe muitas portas. Lord Sebastian é arrogante, determinado e extremamente atraeente - ingredientes que não escapam à atenção de Audrianna - e, por meio de jogos de sedução e de uma jornada perigosa, descobrem um no outro o que não sabiam estar à procura.

Madeline Hunter é uma das escritoras mais apreciadas no mundo literário, pela sua escrita fluída, diálogos interessantes e enredos e descrições cativantes, em que o amor, invariavelmente se mistura com a sensualidade, resultando em finais fascinantes. Á partida e tratando-se de um romance, podemos prever que o par eleito está destinado um ao outro. No entanto, a beleza da leitura está precisamente nas voltas e reviravoltas que a autora cria em torno da história, levando-nos a presenciar situações ou a reflectir em assuntos que, em circunstâncias do quotidiano, não pensaríamos.

Deslumbrante é o primeiro volume da série As Flores Mais Raras, onde, a par do casal protagonista,  podemos acompanhar o desabrochar de quatro mulheres que, unidas por uma forte amizade, vivem na mesma casa, partilhando experiências, mas nunca se abrindo sobre o seu passado. Embora paralelamente, penso que estes laços enriqueceram a história, pois, após a tragédia que abalou a família de Audrianna, foi ali que a jovem encontrou suporte e conforto, anonimato e força para começar uma nova vida.

Considero-me suspeita, pois já sou uma fã acérrima das obras de Madeline Hunter, mas para além das constantes picardias dentro e fora de lençóis entre Lord Sebastian e Audrianna, gostei muito da maneira como a escritora abordou e progressivamente explorou os sentimentos de culpa e de conflito na complexa relação dos irmãos Sommerhayes, e da forma decisiva com que pontilhou o romance. Por um lado é óptimo quando um par tem a química necessária (por vezes para dar e vender), e que prende o leitor e o leva a ansiar por mais desenvolvimentos, mas por outro, sou da opinião, que um enredo precisa da sua dose de profundidade e coesão entre o conteúdo e as personagens. E, nisso, Madeline Hunter nunca me desilidiu, pelo que aguardo com muita expectativa o próximo volume da série.

Classificação: 5/5

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O Inferno de Gabriel - Sylvain Reynard, opinião

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Título Original: Gabriel's Inferno
Autor: Sylvain Reynard
Editora: Saída de Emergência
Número de páginas: 512

Sinopse:
O enigmático e sedutor professor Gabriel Emerson é um reputado especialista na obra de Dante. Mas à noite dedica-se a uma vida de prazer sem limites, não hesitando em usar a sua beleza de cortar a respiração para manipular as mulheres a satisfazerem cada capricho seu.
Talvez por isso se sinta torturado pelo passado e consumido pela crença de que está para lá de qualquer salvação.
Quando a jovem Julia Mitchell se inscreve como sua aluna de pós-graduação, Gabriel não consegue ficar indiferente. Ela é linda, deliciosamente inocente, um diamante em bruto para ele polir. Sempre que Julia se apercebe do olhar de predador dele, espera sentir receio, mas o que verdadeiramente sente é uma estranha luxúria que a assusta. Desejando desesperadamente possuí-la, Gabriel põe em perigo não só a sua carreira, como ameaça desenterrar segredos de um passado que preferia manter oculto.
Uma história inebriante sobre amor proibido, luxúria e redenção, O Inferno de Gabriel retrata a jornada de um homem que procura escapar do seu próprio inferno pessoal enquanto tenta conquistar o impossível: perdão e amor.

Sobre o Autor:
Sylvain Reynard interessa-se pelo modo como a literatura pode ajudar a explorar os aspetos da condição humana – o sofrimento, o sexo, o amor, a fé e a redenção. As suas histórias favoritas são aquelas cujas personagens fazem um caminho, seja físico seja espiritual, onde descobrem novos aspetos sobre si próprias. O modo como a arte, a arquitetura e a música podem ser usados para contar uma história ou para iluminar os traços de uma personagem também são foco da sua atenção.
Sylvain Reynard costuma usar o seu estatuto para divulgar algumas instituições de caridade como a Now I Lay Me Down To Sleep Foundation, WorldVision, Alex’s Lemonade Stand e Covenant House. Em 2011 foi semifinalista para Melhor Autor do Goodreads Choice Awards e, com o seu romance, semifinalista para Best Romance. 

Opinião: 

Confesso que quando iniciei esta leitura, tinha uma ideia já concebida - imaginava um romance proíbido, pleno de cenários com beijos tórridos, enfim, uma mão-cheia de caracterizações muito próprias dos romances eróticos. Pois bem, pode-se dizer que não foi isso que encontrei ao ler as palavras de Sylvain Reynard - muito antes pelo contrário, este autor presenteia o seu leitor com um romance que tem muito que se lhe diga. Tem os seus momentos mais quentes, mas em si a história fala de um amor que desafia as leis do tempo, e que, apesar dos anos passarem, a chama mantém-se acesa dentro dos corações de Gabriel e da sua adorada Beatriz. Uma das coisas que me manteve cativa, foi a história de Gabriel, o seu passado complicado e o presente como a "ovelha negra" da família, que Julia recolhe e acarinha, apesar do receio com que, por vezes, olha para Gabriel.
No fundo é uma história terna, com  momentos propícios à gargalhada - a vontade é fazer spoils, mas a minha ética para com vocês impede-me :p - e outros revestidos de sensualidade e erotismo.

Além de que faz imensas referências a uma enoorme obra literária que estou há muito me fascina e estou desejosa de ler - A Divina Comédia. Penso que toda essa componente história enriquece a obra e será igualmente interessante relacionar os conhecimentos adquiridos nas palestras do ílustre Professor Emmerson com a obra original ;)

É um livro que recomendo, e que estou bastante curiosa para dar continuidade, uma vez que se trata de uma trilogia. yey! E quem encontrar um Professor Emmerson, no seu fato de tweed, e com uma barba de dois dias por fazer, coloque-lhe uma etiqueta e indique-lhe o caminho até cá. Fiquei fã! :p

Classificação: 4/5

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O Recife - Nora Roberts, opinião

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Título Original:
Autora: Nora Roberts
Editora: Edições Chá das Cinco
Número de páginas: 368

Sinopse:

A arqueóloga marinha, Tate Beaumont, é apaixonada pela caça ao tesouro. Ao longo da vida, ela e o pai descobriram muitas riquezas fabulosas, mas há um tesouro que nunca conseguiram encontrar: a Maldição de Angelique - um amuleto com pedras preciosas, obscurecido pela lenda e manchado de sangue. Para encontrarem este artefacto precioso, os Beaumonts aceitam, hesitantemente, uma parceria com os mergulhadores Buck e Matthew Lassiter. Tate não fica feliz por partilhar o seu sonho, mas não tem alternativa.
E, à medida que os Beaumonts e os Lassiters disponibilizam recursos para localizar a Maldição de Angelique, as águas das Caraíbas adensam-se com desilusões sombrias e ameaças escondidas. A parceria entre as famílias é posta em causa quando Matthew se recusa a partilhar informação - incluindo a verdade sobre a morte misteriosa do seu pai, alguns anos antes. E conforme Tate e Matthew avançam com a sua desconfortável aliança… o perigo e o desejo ameaçam emergir.

Sobre a Autora:

Nora Roberts é considerada um verdadeiro fenómeno editorial. Desde o dia em que começou a escrever histórias a lápis, o sucesso nunca mais a largou. Muitos dos seus mais de 150 livros foram já adaptados ao cinema e estão traduzidos em cerca de 26 idiomas.
Com mais de 250 milhões de cópias dos seus livros impressas e mais de 100 livros na lista do New York Times até à data, Nora Roberts é indiscutivelmente a escritora de ficção feminina mais célebre e amada dos dias de hoje.




Opinião:
Nesta sua obra, Nora Roberts, reúne um romance tórrido a um mistério encerrado nas profundezas dos oceanos, cujo poder atraí o leitor com a mesma força que um amuleto perdido atraí um misto de paixão e desolação.
Tate Beaumont viveu praticamente toda a sua vida no mar, e mesmo depois, lhe dedicou a sua vida e carreira, tornando-se numa conceituada arqueóloga marinha.E vê a sua vida mudar de rumo quando os pais se resolvem aliar a dois caçadores de recompensas. Claro que a jovem não vê esta associação com bons olhos, muito menos, encara de ânimo leve o forasteiro de cabelo revolto e olhar intenso, que tantas vezes lhe provoca arrepios.
O romance caminha de mãos dadas com o mistério, e à medida que navegamos por entre passado e presente, ficamos a conhecer a lenda da Maldição de Angelique, com o rasto de sofirmento e desolação que deixa a braços de quem a procura.
Acho que não é muito difícil adivinhar que sou uma fã aficcionada desta grande autora, e ao longo da leitura senti que aprendi muita coisa que não sabia sobre um bem da natureza, onde busco alguma tranquilidade e conforto - o mar - cujas facetas nunca me deixam de surpreender. Outro ponto forte deste romance foi a relação complicada e tórrida entre Tate e Matthew, os picos porque passaram, que mais se assemelhava a um electrocardiograma em taquicárdia - faíscas e mais faíscas. E vocês sabem como a vida adora mostrar que é ela que nos controla, e não ao contrário, apesar da falsa sensação de segurança com que nos brinda, e é algo que não falta nesta história - encontros e desencontros, que se assemelham a deitar sal em feridas mal cicatrizadas (desculpem lá as analogias, não sei que se passa comigo ahah).

Foi uma leitura cheia de adrenalina a cada virar de página, e que recomendo!


Classificação: 4/5

sábado, 7 de fevereiro de 2015

NY post

Olá a todos!

Este post vêm com meeeeses de atrasos, mas com a faculdade, tempo e inspiração foram escassos e direccionados para outras áreas.

Mas é certo que escrever-vos este post, traz-me umas saudades enormes! Foi a primeira vez que estive nos States e Nova Iorque foi, certamente, uma experiência a repetir! Adorei percorrer as ruas movimentadas, vivenciar o bulício de uma das maiores cidades do mundo, de visitar alguns pontos de referência para mim, como a Barnes&Noble, perder-me por Central Park, visitar o Madame Tussauds, a loja dos M&M's! Enfim, um sem-número de lugares que uma semana de estadia não permite conhecer.

Mas claro que não saía de lá sem vos trazer um mimo! Trata-se de um livro de bolso que encontrei numa espécie de mercado de rua, e que achei que faria pandam com um livro que tenho da mesma autora. Portanto, um passatempo está para breve =)

Deixo-vos então um pouco do que foi esta minha visita em Setembro passado.