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domingo, 12 de março de 2017

Romance com o Duque - Tessa Dare, opinião

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Título Original: Romancing the Duke
Autora: Tessa Dare 
Editora: TopSeller
Número de Páginas: 304

Sinopse:

Uma donzela perdida, um castelo misterioso,
 um duque com um temperamento 
e um passado um pouco… complicados. 
O cenário perfeito para um amor improvável.

Como filha de um afamado escritor, Isolde Ophelia Goodnight, também conhecida por Izzy, cresceu em redor de românticos contos de cavaleiros corajosos e belas donzelas. As histórias daqueles livros prometiam inúmeras possibilidades. E por isso mesmo nunca duvidou de que o romance teria lugar também na sua vida.

À medida que foi crescendo, porém, foi riscando essas possibilidades da lista. Uma a uma:
O patinho feio que se tornou cisne.
Ser raptada por um atraente salteador de estrada.
Ser salva da miséria por um príncipe encantado.

Alto lá…

Agora que os seus desejos de amor romântico se haviam gorado, Izzy já estava resignada a uma vida de mera subsistência. Mas havia um conto de fadas predestinado a esta mulher de vinte e seis anos, não tão atraente quanto isso, pobre e que nunca fora beijada. Esse conto de fadas era... 

Este.

Opinião:

Quero começar por dizer que, apesar de ter demorado uns quantos dias a ler esta obra (entre viagens de transportes e momentos de espera em consultas e afins), dei a minha leitura por terminada há menos de 10h e adorei! Estou absolutamente rendida ao estilo livre e despretensioso de Tessa Dare, cuja história envolta em romance e alguma luxúria, também é pautada por momentos de seriedade e de muitas gargalhadas. E mal posso esperar por ler o seguinte. Já está na wishlist!

A parte este pequeno interlúdio, Tessa Dare apresenta-nos um romance que, à partida, nada tem de romântico, tendo em conta que a nossa protagonista não reúne quaisquer características auspiciosas ao amor, à excepção da sua determinação.

Izzy Goodnight é, pois então, uma jovem cuja sorte não lhe tem sorrido, mas que tem diante de si o maior dos desafios: tornar o Castelo de Gostley no seu lar, convencendo o seu antigo dono e actual inquilino a colaborar com todas as transformações inerentes.
Escusado será dizer que, mudanças ... não estão nos seus planos. Muito menos deixar-se envolver pelo charme e sedução da sua nova senhoria, e todos os desafios que baixar a guarda implica...

Temos então, reunidos os ingredientes para um romance cujo cenário é um castelo assombrado e abandonado, um senhorio que tem tanto de atraente como misterioso, e a nossa protagonista que tenciona sair das histórias de infância e tomar as rédeas da sua própria vida.
Como disse anteriormente, é o primeiro livro que tive oportunidade de ler, e os seguintes estão na lista. É uma leitura que recomendo vivamente!

Classificação: 4/5 

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Amor por Encomenda - Catherine McKenzie, opinião



Título Original: Arranged
Autora: Catherine McKenzie
Editora: TopSeller
Número de Páginas: 320

Sinopse:

Anne Blythe tem razões para sorrir: acaba de receber uma aliciante proposta para publicar o seu primeiro livro. Mas no que toca a relações amorosas, a situação é muito pouco animadora. Após mais um relacionamento falhado, Anne encontra na rua um cartão de uma empresa que ela julga ser de promoção de encontros românticos. Interpretando-o como um sinal, acaba por guardá-lo.

Farta de ver as pessoas à sua volta felizes no amor, Anne decide, num impulso, experimentar a empresa que a poderá ajudar a encontrar, finalmente, o homem da sua vida. Mas esta empresa não é bem o que parecia.

Trata-se afinal de um sofisticado — e caro — serviço que proporciona aos seus clientes um casamento arranjado, com tudo incluído. Anne começa por rejeitar a ideia, mas quanto mais pensa no assunto mais entusiasmada fica. Se os casamentos arranjados resultam para milhões de mulheres em todo o mundo, porque não haveria de resultar com ela? Além disso, o serviço afirma que só fracassou em 5 por cento dos casos.

Meses depois, Anne encontra-se num resort mexicano pronta para casar com Jack, o seu «par perfeito». E tudo parece correr bem. Mas será possível encomendar o amor verdadeiro?


Opinião:

Ora bem, como falei num outro post, esta foi a minha estreia com esta autora, e depois de o ler, posso dizer que cumpre a premissa a que se propõe.

Este é um livro com que me identifiquei, porque a nossa protagonista é uma romântica que acredita em finais felizes. Afinal, a sua vida estava fadada logo de início, a ser um romance como os de Anne dos cabelos ruivos, não fosse Anne Blythe a sua personificação. E, uma vez que a sua infância teve essa influência literária, Anne deseja para si o seu próprio final feliz. Mas quem não? Só que o seu histórico de relações falhadas teima em afastá-la da estrada de tijolos amarelos... Até que um mero acaso aliado a toneladas de felicidade que a rodeiam mas não a envolvem, levam Anne a tomar uma decisão que irá mudar toda a sua vida. Será ela capaz de lidar com as consequências de dizer "sim"?

"Amor por Encomenda" é um romance leve, pautado com os problemas amorosos que poderiam calhar a qualquer um de nós, todavia é marcado por uma particularidade que me deixou interessada: As empresas de encontros e casamentos arranjados. Nos tempos de hoje não é tão usual, (pelo menos em Portugal), mas se recuarmos umas quantas décadas, até ao tempo dos nossos (bis)avós talvez tenhamos alguma história para contar. À parte os tempos longínquos, considero que este tema
e mais retratado em livros e filmes. Talvez tenha sido por isso que fiquei interessada na história que McKenzie nos conta através da decisão arrojada de Anne.

Deixo a questão, que tanto me acompanhou durante a leitura: seria capaz de dizer "sim" perante um completo estranho?

Classificação: 3,5/5

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

De Amor e Sangue - Lesley Pearse, opinião

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Título Original: Hope

Autora:Lesley Pearse
Editora: Edições Asa
Número de Páginas: 664
 
Sinopse:

Somerset, 1836.
A recém-nascida Hope é a prova viva do adultério da mãe, a aristocrata Lady Harvey. A sua chegada a este mundo não é festejada e as lágrimas em seu redor não são de alegria. Imediatamente arrancada àquele meio privilegiado e entregue nas mãos dos Renton, uma família pobre mas acolhedora, Hope cresce sem saber a verdade sobre as suas origens. E quando chega o dia em que também ela tem de começar a contribuir para o sustento da família, é precisamente para os Harvey que trabalha. Deslumbrada perante a mansão luxuosa, a elegância dos seus patrões e a beleza que os rodeia, Hope enfrenta com brio e gratidão a extenuante rotina de trabalho.
Mas a descoberta de uma ligação proibida vai lançá-la sozinha para as ruas, para uma vida de miséria e solidão. É na adversidade, porém, que descobre uma força interior que desconhecia, bem como um talento para ajudar os mais fracos. Trata-se de um dom que não passa despercebido ao Dr. Bennett, que a leva consigo para a Crimeia, para ajudar a tratar dos feridos vindos dos sangrentos campos de batalha. Mas os segredos do passado teimam em vir ao de cima, e Hope tem ainda um longo caminho a percorrer na tentativa de enfrentar o legado do seu nascimento. 


Opinião:

Como vou estar longe de casa durante alguns meses, achei que não podia faltar uma obra de Lesley Pearse para viajar comigo. Confesso que já não me recordava bem da sinopse, e, em boa verdade, não me dei ao trabalho de voltar ao livro e ler. Que coisa mais simples. No entanto, talvez tenha acertado e quiçá por isso tenha sentido que o li na altura certa.

"Dizia-se que as crianças fadas vinham a este mundo para dar boa sorte. Podiam ser reconhecidas pela sua chegada inesperada, pela sua extraordinária beleza e doçura de carácter" (p.12 §9)

Hope Renton reúne todas essas características. Apesar das suas origens ligadas à aristocracia, Hope acabou por ser criada no seio de uma família unida, tendo assim a oportunidade de conhecer o amor e carinho dos pais e dos irmãos, o gosto amargo do trabalho árduo e da perda, assim como o sentimento gratificante de ajudar o próximo. 
Uma vez mais, Lesley Pearse junta os ingredientes essenciais para criar uma personagem feminina cuja força e fé irão ser testadas até ao limite. E uma vez mais, a autora não nos desilude.

Hope cresce à margem do que lhe é legado por direito - convive com a sua mãe, que igualmente desconhece os laços que as unem - e quando alcança algo pelo qual tanto trabalho, é-lho tirado sem cerimónias. Todavia, nem nos momentos de maior fraqueza, desistir é uma hipótese. E é na desesperança que se abrem novas portas que a levam por caminhos que jamais teria imaginado para si.

Paralelamente à personagem de Hope, quero salientar que Nell teve um papel muito importante no desenrolar da história. Houve momentos em que senti alguma irritação perante a sua resignação e submissão face aos obstáculos. Porém, também foi para mim uma surpresa a transformação que esta personagem sofreu, e, posteriormente, o impacto que teve ao tocar a vida de diferentes personagens.

Anteriormente, partilhei convosco a minha surpresa por ter escolhido tão bem este livro para levar comigo em viagem. *alerta spoiler!* A vida de Hope leva-a a ser enfermeira e a partir para os campos de batalha, onde iria cuidar dos soldados feridos. Penso que esse foi mais um factor que me levou a sentir tanta afinidade com esta personagem, estando eu a concluir a minha caminhada para ser enfermeira. Associada a esta temática, apreciei bastante o pormenor de Lesley Pearse ter citado por várias vezes Florence Nightingale, um dos símbolos mais emblemáticos da Enfermagem.

Lesley Pearse não desilude nesta sua obra que nos leva a viajar pelos campos de Somerset até aos cenários desoladores na Crimeia, onde a verdade acaba por se revelar, unindo os pontos que o destino havia tecido de forma indelével.


Classificação: 5/5

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Lago Perdido - Sarah Addison Allen, opinião

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Título Original: Lost Lake
Autora: Sarah Addison Allen
Editora: Quinta essência
Número de Páginas: 280

Sinopse:

A primeira vez que Eby Pim viu Lago Perdido foi num postal. Apenas uma fotografia antiga e algumas palavras num pequeno quadrado de papel pesado, mas quando o viu soube que estava a olhar para o seu futuro.
Isso foi há metade de uma vida. Agora Lago Perdido está prestes a deslizar para o passado de Eby. O seu marido George faleceu há muito tempo. A maior parte da sua exigente família desapareceu. Tudo o que resta é uma velha estância de cabanas outrora encantadoras à beira do lago a sucumbirem ao calor e à humidade do Sul da Georgia, e um grupo de inadaptados fiéis atraídos para Lago Perdido ano após ano pelos seus próprios sonhos e desejos.
É bastante, mas não o suficiente para impedir Eby de abrir mão de Lago Perdido e vendê-lo a um empreiteiro. Este é por isso o seu último verão no lago… até que uma última oportunidade de reencontrar a família lhe bate à porta. 

Opinião:

Na sua obra mais recente, Sarah Addison Allen transporta-nos para o mundo mágico de Lago Perdido, contando-nos uma história que tem início no passado e que se prolonga para lá do tempo.

Eby Pim encontrou em Lago Perdido o sítio que viria a chamar "casa", durante longas décadas. É lá que resolve assentar com o marido, George, mas a sua perda fá-la considerar mudar de rumo e vender a propriedade.

No entanto, a sua magia traz até à sua porta a sobrinha-neta, que, tocada pelas suas próprias perdas, deseja encontrar um novo futuro para si e para a filha. Kate e Devin deixam-se envolver pelo ambiente místico de Lago Perdido, e, juntamente com Eby, lutam para acabar com o sofrimento que marca as gerações das mulheres Morris.

Gostei do facto da autora criar um enredo paralelo com outras personagens, como Lisette ou Bulahdeen, que enriquecem todo o livro, por terem personalidades tão diferentes entre si, e cujas histórias são únicas e se entrelaçarem de forma tão especial.

Este é um livro que nos envolve e faz sonhar, e que é tão característico de uma autora que já tem lugar cativo na minha estante. Lago Perdido é um romance que à sua maneira é adorável, e conjuga risos e momentos de reflexão, onde o leitor é levado a procurar a magia nas pequenas coisas.
Classificação: 4,5/5

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Baunilha e Chocolate - Sveva Casati Modignani, opinião

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Título Original: Vaniglia e cioccolato
Autora: Sveva Casati Modignani
Editora: Edições ASA
Número de Páginas: 464
Sinopse:
Um casamento em crise: como se a baunilha e o chocolate já não combinassem tão bem como outrora... O grande "clássico" de Sveva Casati Modignani.

O que se passa com Penelope e Andrea após dezoito anos de um casamento quase perfeito? A baunilha e o chocolate já não combinam? Impossível! Desde sempre, apesar do contraste de cores e sabores, fizeram uma mistura fantástica, como algumas uniões afectivas, que vão aguentando, aguentando, como que levadas por um vento milagroso. Mas o vento, às vezes, deixa de soprar...

Inesperadamente, Andrea revela-se protagonista de inúmeras escapadelas mal escondidas e o seu comportamento, por vezes, é tão infantil e egoísta que Penelope decide oferecer-lhe um presente: deixá-lo sozinho a lidar com os três filhos e com as inúmeras tarefas domésticas, que até agora pesavam única e exclusivamente sobre os seus ombros. Quanto a ela, refugia-se na casa da família em Cesenatico. A separação revela-se, para ambos, um desafio cansativo e, por vezes, angustiante, mas a verdade acabará por vir ao de cima: o amor que os uniu continua vivo... 

Opinião:

Ainda não tinha lido nada de Sveva Casati Modignani, portanto, foi mais uma estreia literária. Esta leitura permitiu-me fazer uma pausa entre géneros literários de maior suspense, e proporcionou-me uma leitura suave (quase como se fosse uma tarde de primavera *nossa fiquei mesmo inspirada*). 

Em "Baunilha e Chocolate" a autora transporta-nos para uma história de contrastes, onde Penelope, uma mulher cansada de um casamento difícil, resolve tirar um tempo para si, deixando o marido arcar com todas as responsabilidades.

Ao longo do livro, foi interessante conhecer como tudo começou, quando Penelope e Andrea eram nada mais que um casal apaixonado, e ver como com o tempo as transformações se foram operando na sua dinâmica de casal e já com três filhos. Em boa verdade, esta história podia retratar a história de qualquer casal, afinal, todos têm as suas alegrias, problemas e dissabores. E à medida que a trama se desenrola, e a autora deixa a descoberto os desejos de Penelope, é dificil não nos perguntarmos se, cada decisão que tomámos na nossa vida, foi a correcta. E se nos fosse dada a oportunidade de mudar de rumo, se o faríamos, deixando tudo o que construímos para trás.

"Baunilha e chocolate" é mais do que uma boa combinação de sabores, é uma história que leva o autor numa viagem de reflexão e de descoberta, cujo final pode não ser o que idealizámos.

Classificação: 3,5/5

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Contagem Decrescente - Ken Follett, opinião



Título Original: Code to Zero
Autor: Ken Follettt
Editora: Editorial Presença
Número de Páginas: 400

Sinopse:

Um homem acorda deitado no chão de uma casa de banho da estação de comboios Union Station, em Washington. Não faz a mínima ideia de como foi ali parar. Parece um sem-abrigo e não sabe onde mora. Nem sequer se lembra do próprio nome. Em janeiro de 1958, no auge da Guerra Fria, soviéticos e americanos disputam a primazia pela conquista do espaço. O lançamento do Explorer I, o primeiro satélite americano, foi inexplicavelmente adiado. Claude Lucas é uma das figuras centrais para que o lançamento seja um sucesso, mas encontra -se desaparecido. Sem ele, o jogo de forças pode pender para o lado soviético. Um thriller intenso repleto de história, intriga e espionagem, onde a vida de um homem decide o futuro de um país.

Opinião:

O mês de Agosto foi um mês em estreias literárias.
Já conhecia o autor Ken Follett, mas, por acaso ou por mera falta de oportunidade, ainda não tinha lido nenhuma obra. Quis então o destino que, durante as férias, estivesse este livro na estante de uma amiga.

Começo primeiro por dizer que Ken Follet apresenta a sua narrativa com uma escrita acessível e intrigante a cada voltar de página. Em que o suspense se conjuga com o romance e a espionagem, ingredientes que considero importantes para cativar o leitor. Outro ponto positivo sobre a obra, foi o facto de me permitir aprofundar os meus conhecimentos sobre a época da Guerra Fria e sobre o universo da astronomia e dos impressionantes foguetões.

Este foi um livro que "devorei" em dois ou três dias (*é tão bom estar de férias, e ter tempo para ceder ao desejo de nos sentarmos num canto a ler...*) e que me surpreendeu muito. Visto que *shame on me* pela sinopse achei que ia ser um pouco maçador. No final foi tudo menos isso, e fica a vontade de conhecer a panóplia de obras de Ken Follett. Alguma recomendação desse lado? :)

Classificação: 4/5

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Naquele Tempo - Nora Roberts & J.D. Robb, opinião

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Título Original: Remember When
Autora: Nora Roberts & J.D. Robb
Editora: Edições Chá das Cinco
Número de Páginas: 384

Sinopse:

Laine Tavish é dona de uma loja de antiguidades chamada Naquele Tempo. É uma mulher discreta e vive uma vida igualmente discreta numa pequena localidade de Maryland. Pelo menos, isso é o que toda a gente pensa. Na verdade, o seu nome é Elaine O’Hara e é filha de Big Jack O’Hara, um dos mais conhecidos bandidos do seu tempo.

E o passado de Laine acaba de a encontrar... de uma forma bem dramática. O seu tio, há muito sumido, aparece de repente na sua loja, apenas para deixar um aviso misterioso antes de ser atropelado mortalmente na rua. Pouco depois, a casa dela é revirada por assaltantes. Agora cabe a Laine e a um homem deliciosamente misterioso chamado Max Gannon, descobrir quem anda atrás dela, e porquê. A resposta está num tesouro escondido, um tesouro que vai mudar não só a vida de Laine mas também a de futuras gerações.
 
Opinião:


No seu estilo inconfundível, Nora Roberts apresenta-nos Lanie Tavish, uma mulher que, apesar do amor que nutria pelo pai, viveu grande parte da sua vida a fugir do passado. Cansada de correr, resolveu criar o seu lar numa pequena vila em Maryland, onde vive rodeada dos amigos e a trabalhar com o que mais gosta. E é precisamente o fascinante mundo das antiguidades que a vai colocar no encalço de um criminoso de que é capaz de tudo para obter o que quer. Mas nem tudo é negativo, pois o seu caminho cruza-se com o de um detective privado que está apostado em descobrir o mistério em que Lanie está envolta.

A segunda metade da história passa-se décadas mais tarde em que outra geração Tavish é apanhada de surpresa pelo passado. E é escrita pela mestria de J.D. Robb, cujo ritmo dos acontecimentos provoca palpitações no leito, e é inevitável não querer saber o que vai acontecer a seguir.

"Naquele Tempo" é uma obra em que romance e policial se conjugam, e tempo e espaço são unidos por um crime que se prolonga por gerações. Já há algum tempo que não lia nada de Nora Roberts e foi uma lufada de ar fresco na maratona de leituras. Já não me lembro de ter lido tantos livros no verão. *Ai, férias!* e neste livro complementam-se duas áreas que me cativam enquanto leitora. Se por um lado existe aquela atracção vertiginosa entre os protagonistas, por outro lado o suspense e a adrenalina são palpáveis em cada página. O que torna este livro numa grande obra.
Classificação: 4/5

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Romance Atribulado - Jill Mansell, opinião


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Título Original: Millie's Fling
Autora: Jill Mansell
Editora: Edições Chá das Cinco
Número de Páginas: 384

Sinopse:

A vida de Millie está prestes a dar uma grande reviravolta…

Orla Hart, a famosa autora de bestsellers românticos, decide transformar Millie, a sua melhor amiga, na heroína do próximo livro. Millie duvida que a sua vida aborrecida possa inspirar uma história interessante, mas Orla pensou em tudo: sem a amiga saber, vai fazer o possível para lhe apimentar a vida. E enquanto Millie reconta os acontecimentos hilariantes em torno dos seus amigos e família, Orla conspira para a juntar ao perfeito herói romântico e tornar as coisas bem mais excitantes. O problema é que Millie também escondeu alguns eventos recentes da sua vida. E tanta confusão só pode dar um…romance atribulado!

Opinião:

À semelhança das suas outras obras, esta não foge ao estilo a que Jill Mansell nos habituou, o qual é pautado pelas aventuras mais hilariantes, e a busca pelo amor é tudo menos pacífica, ou melhor dizendo atribulada.

Orla e Millie são duas mulheres, cuja vida parece ter sido fadada à desgraça. E é precisamente num momento fatídico que a vida de ambas se une. Escusado será dizer que, ao estilo de Jill Mansell, nada mais será o mesmo. Pois, como agradecimento, Orla promete apimentar a vida aborrecida de Millie. E se esta alguma vez tinha pensado que a sua vida era enfadonha, os dias de sossego acabaram no momento em que a vida de ambas se cruzam.

Cada capítulo promete despertar imensas gargalhadas e é impossível não simpatizar com as variadas personagens que recheiam esta história com as suas aventuras (algumas mais estranhas e caricatas que outras).

Mas o que mais gostei na história foi a existência de um ponto de viragem, em que tanto Millie como Orla assumem o controlo das suas vidas, como quem diz *Já chega*, resultando num desfecho, cliché (não vou mentir, estes romances tendem sempre a acabar bem) mas, simultaneamente, inesperado.

Romance Atribulado é o romance que reúne todos os ingredientes para uma leitura a um ritmo, no mínimo, vertiginoso, e sem dúvida o livro que mais gostei até agora sa autora

Classificação: 4/5

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Paixões Agitadas - Jill Mansell, opinião


Título Original: Mixed Doubles
Autora: Jill Mansell
Editora: Edições Chá das Cinco
Número de Páginas: 368

Sinopse:
 
O ano novo aproxima-se e Liza, Dulcie e Pru já tomaram as suas resoluções. Quando se atinge a casa dos trinta, está na hora de dar um novo rumo à vida!
 
Liza quer casar-se. Não tem ninguém em mente, mas atrair homens interessantes nunca foi difícil para si. O problema é que não consegue manter-se interessada neles depois de os conquistar.
 
Dulcie acha que o casamento é uma chatice. O seu marido até é lindo, espirituoso e charmoso, mas Dulcie quer desesperadamente mais emoção na sua vida e está decidida a divorciar-se. Pru tem tanta autoestima como uma esfregona de chão. Adora o marido aventureiro e não consegue imaginar a sua vida sem ele. Mas conseguirá manter o casamento?
 
Que planos matreiros e maliciosos tem o destino, para três amigas que acham que sabem o que querem?
 
Opinião:
 
Em mais um romance pautado por muitas gargalhadas e momentos hilariante, Jill Mansell apresenta-nos três amigas, que não podiam ser mais diferentes entre si: Liza é confiante e bem sucedida, o seu charme atrai qualquer homem, contudo nenhum se revelou o certo. Dulcie é esfusiante e tem bom coração, porém nem sempre as suas boas intenções são bem sucedidas. Pru é a mais contida das três, mas tem em si uma força e coragem que são postas á prova quando menos espera. 
 
Como bem dita o fim de um ano e o virar de uma nova página, estas três amigas formulam resoluções para que as suas vidas sejam melhores: Se por um lado Liza se quer casar, Dulcie quer trocar o marido maravilhosamente enfadonho por novas aventuras, e por seu lado Pru deseja manter-se casada. Escusado será dizer que, quando se trata de uma obra de Jill Mansell, o inesperado está ao virar da esquina, e tudo corre menos como o planeado.
 
Á medida que o enredo se desenrola, acompanhamos o desenvolvimento de cada personagem, da sua personalidade, amores, dramas e confusões, e o seu crescimento, e é curioso como Jill Mansell consegue tecer a história de cada uma numa malha divertida e inteligente, interligando-a nos pormenores mais inesperados. Ao ponto de nos questionarmos de que forma é que o mundo pode ser como uma ervilhinha, e de nos surpreender até na última página. Não esperava mesmo determinadas situações, uma das quais me levou a devorar os últimos capítulos, para terminar num Ahhhhh! acompanhado de um profundo suspiro.  
 
Este foi um livro que me surpreendeu, pois não esperava deixar-me envolver por algumas personagens, mas o certo é que além das inúmeras gargalhadas que dei, este foi um livro que me cativou e mereceu o seu lugar na estante.
 
Classificação: 4/5

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Tenho o teu núm3ro - Sophie Kinsella, opinião


Título Original: I've got your number
Autora: Sophie Kinsella
Editora: Quinta Essência
Número de Páginas: 420

Sinopse:

Dez dias antes do casamento, Poppy perde o anel de noivado. Desesperada, Poppy começa a telefonar a toda a gente para pedir ajuda e alguém lhe arranca o telemóvel da mão! Também o roubaram! Como irão agora avisá-la se encontrarem o anel? E, imediatamente, Poppy vê um telemóvel num caixote do lixo, um telemóvel abandonado de que ela precisa urgentemente. Poppy dá o seu novo número a todos os amigos e também atende as chamadas recebidas e lê as mensagens endereçadas à anterior proprietária, a secretária (que acaba de se demitir) de Sam Roxton, um empresário importante. Enquanto continua à procura do anel, Poppy mantem-se em contacto com Sam Roxton, o novo proprietário do telefone. Sam vai deixá-la ficar com o aparelho, desde que ela lhe reencaminhe todas as mensagens que receber, mas às vezes Poppy responde por Sam em assuntos profissionais e também pessoais. Não se contém. Sam também começa a opinar sobre a vida de Poppy, o seu casamento, sobre os sogros e até sobre o noivo, que talvez, não seja tão maravilhoso como ela pensava.


Opinião:

Para quem me conhece e lê aqui no blogue, sou altamente suspeita quando se trata de algum livro da Sophie Kinsella, porque, na sua grande maioria (ok, quase todos) deliro não só com a sua escrita alegre e refrescante, mas também com a maneira como aborda certas temáticas, envoltas em romance. E neste livro, que já andava super curiosa para ler, não foi nenhuma excepção.
 
Poppy está prestes a dar um passo importante na sua vida, vai casar com um homem maravilhoso, mas a sua não tão maravilhosa família, não vai ficar certamente radiante quando descobrir que perdeu a relíquia de família. Pois é, num abrir e piscar de olhos, a vida de Poppy sofre uma reviravolta que inclui um anel e o seu telemóvel roubados.
 
A partir daqui e do que a sinopse revela, a jornada de Poppy reúne os ingredientes necessários para mais um romance que tem tudo para ser animado e atribulado. Ponha a mão no ar quem é que já se viu aflito e viu a sua vida a andar para trás por ter perdido o telemóvel? (também conta quando se perde no vale dos lençóis e acordamos a meio da noite atarantados á sua procura) Eu, eu, eu! Actualmente, é comum colocarmos praticamente a nossa vida nas tecnologias, é normal recorrer ao telemóvel para consulte um contacto, um evento, uma morada, n coisas que fazem sentido na nossa vida,  contudo não me imaginava a partilhar um telemóvel com um perfeito estranho.
 
Mas é essencialmente esse pormenor que torna esta história deliciosamente interessante. Poppy faz um acordo com o seu dono, o bem sucedido Sam Roxton,  que lho empresta até recuperar o anel de noivado, mas em troca terá de reencaminhar rápida e eficientemente todas as mensagens que receber.
Á medida que estas duas personagens se vão conhecendo, a autor também revela a características que as tornam tão humanas como reais. Poppy apesar de jovial e sempre prestável, esconde as suas inseguranças, preocupando-se em demasia com os que os outros pensam de si, ao mesmo tempo que evita conflitos e tenta agradar a todos, colocando-se em segundo plano. Por sua vez, Sam que aparenta ser frio e demasiado directo, revela uma faceta mais calorosa.
 
Com o desenrolar da história, ambos apercebem que têm muito a aprender um com o outro, o que vai gerar alguma confusão em Poppy, pois no fim do dia terá uma decisão a tomar, a qual irá influenciar o seu futuro...
 
Tenho o teu núm3ro, é um romance em que o leitor se deleita com as mais variadas e caricatas situações, e por entre sorrisos e gargalhadas, acompanha as reviravoltas em que os protagonistas se vêem envolvidos. Parte de mim não resistiu em identificar-se com a doce e desvairada Poppy, e talvez tenha sido por isso que adorei o livro!
 
Classificação: 5/5


terça-feira, 17 de novembro de 2015

Beijo - Jill Mansell, opinião

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Título Original: Kiss
Autora: Jill Mansell
Editora: Edições Chá das Cinco
Número de Páginas: 368

Sinopse:

Izzy um dia vai ser famosa. A indústria da música é que ainda não a descobriu. A irrepreensível Izzy tem um talento fascinante, dois namorados perfeitos e uma filha para lhe organizar a vida. Basicamente, uma vida de sonho.

Já a vida de Gina não podia ser mais infernal. O cretino do marido acaba de fugir com a amante grávida. E ela sente-se destroçada quando derruba acidentalmente Izzy da sua moto. Porém, não é propriamente o fim do mundo, pois não? Apenas uma perna partida.

Mas o mundo de Gina, como ela o conhece, está prestes a ficar de pernas para o ar. Izzy e a filha Kat foram catapultadas para dentro da sua vida, antes tão metódica. Pior, Izzy está de olho no melhor amigo de Gina, Sam, que é lindo de morrer. Como acabará tudo? Numa torrente de lágrimas ou num beijo inesquecível?


Opinião:
Mil anos depois da ultima vez que escrevi no blogue, e, mais importante, do último livro que li (blasfémia!), cá estou eu de novo.
Uma autêntica vergonha, eu sei, mas para me redimir trago-vos mais uma opinião.

Á primeira vista, a capa de tons alegres assim como o titulo, parecem fazer jus á sinopse que os acompanha, ou seja, no seu todo a autora Jill Mansell cria um enredo envolto na maior das confusões. O que não é necessariamente algo mau, considerando as várias gargalhadas que dei ao longo do desenrolar da história.
O inicio é pautado com o caracteristico bom humor á medida que as desgraças se dão e as personagens se entrecruzam, entrando na vida umas das outras, temporaria e por vezes, permanentemente.

Gina viveu a sua vida devotadamente ao marido que não tem a minima decência e lhe confessa o caso frutifero com a amante gravida. Ponto número 1, seria de esperar que este espécimen saisse rapidamente de cena, mas ao bom estilo novelesco, ainda vai causar mais danos. Adiante, ponto número 2, se estiver emocionalmente alterada não conduza - sugestão que pode ajudar a prevenir acidentes, como a meio da noite a Gina chocou com o turbilhão Izzy. Mas neste caso ninguém poderia prever o rol de acontecimentos mais rocambolescos que se viriam a desenrolar.

Izzy é cheia de vida, leva uma vida despreocupada, mas ambiciona o estrelato como cantora. E tem uma filha que em nada se parece consigo: com 17 anos, Kat é um pequeno prodígio, inteligente e demasiado dedicada aos estudos para reparar no sexo oposto. Mas nada neste livro é estanque e a partir do momento em que Izzy e Kat entram na vida de Gina, tudo pode acontecer.
Por entre as várias personagens que vão sendo introduzidas, o enredo toma, por diversos momentos, contornos dignos de uma verdadeira telenovela mexicana. Demorei praticamente três semanas a ler este livro, porque senti que certas partes eram um pouco repetitivas e cansativas... mas lá está, o drama é um componente e, de certo modo, unifica as pontas soltas que resultam num desenlace improvável, embora dispensasse algumas partes.

Mas enfim, já há muito tempo que não lia nada da autora, e em boa verdade, shame on me, já não pegava num livro (que não fossem sebentas e molhos de apontamentos da faculdade) há muiito tempo, mas no geral foi uma leitura agradável e, não sei bem como, acabei por me rever um pouco em algumas personagens - e quando somos confrontados com alguns aspectos acabamos por reflectir e pensar se queremos continuar em determinado comprimento de onda. Como tal, "Beijo" tem de tudo um pouco e um convite a quem o quiser ler.

Classificação 3/5

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Contos da Meia-Noite - Nora Roberts, opinião

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Título Original: Once Upon a Midnight
Autora: 
Editora: Ulisseia
Número de páginas: 408

Sinopse:
A meia-noite serve de mote para uma série de pequenas histórias. Uma selecção dirigida por Nora Roberts, ela própria autora do primeiro conto.
Nora Roberts: A Hora dos Feitiços
Um reino é atormentado pela tragédia até que o feitiço de um deus mago faz surgir uma jovem, bela e corajosa, que terá de seguir o seu coração no amor e cumprir o seu destino na guerra...

Jill Gregory: Espelho Meu
Uma curandeira que jurou proteger o herdeiro de um reino conturbado tem de recorrer à ajuda de um cavaleiro ferido e de um espelho mágico...

Ruth Ryan Langan: Amante de Sonho
Numa viagem de negócios à Escócia, uma jovem americana desiludida com o amor é arrebatada pelo romantismo das Highlands - e pelos encantos de um perfeito desconhecido...

Marianne Willman: Terras da Meia-Noite
Ao investigar a história da sua família na Europa, uma americana depara-se com um castelo encantador e com o seu enigmático proprietário, que está convencido de que ela é a chave de uma terrível maldição...

Opinião:

Talvez embalada pelo ritmo alucinante do último livro que li da Lesley Pearse, li praticamente um conto entre dia, dia e meio (haja tempo e literalmente nada para fazer - benditas santas terrinhas e baforadas de calor que desencorajam a sair de casa eheh)

Ora bem, nesta colectanea de contos, cujo tema central é a meia-noite, ou o livro não estivesse intitulado por "Contos da Meia-noite", cada autora, á sua maneira, eleva a personagem feminina, transformando a sua vida: obrigando-a a crescer com o ultrapassar de obstáculos, confrontando-a com a hipótese de continuar ou virar costas; contudo, a nossa heroína nunca está só, pois, no meio do caos, é acrescentado um segundo elemento, para que a sua existência possa, assim, estar completa.

Cada conto está envolto pela magia e pautado pelas doze badaladas que ditam a meia-noite. E dos quatro, o primeiro conto teve um impacto bastante positivo, gostei da forma como a protagonista, Aurora, foi caracterizada, essencialmente na sua coragem e força de vontade, para levar a cabo uma missão, por norma, incumbida a guerreiros, e raramente a uma mulher. Nora Roberts, não desilude no seu estilo de escrita, e levou-me a "devorar" o conto com avidez, pois, embora, a premissa estivesse já lançada, foi interessante acompanhar o desenrolar da história, sempre com a componente da magia presente.

A partir daí senti o livro esmorecer ligeiramente, não digo que os restantes contos sejam desinteressantes, muito antes pelo contrário (apesar de ser suspeita pela minha preferência por Nora Roberts), o oculto e o romance estão intrinsecamente ligados, e o leitor é frequentemente envolvido pelo enredo e suas personagens peculiares, numa leitura agradável para ocupar as tardes de fim do Verão.


Classificação: 3,5/5

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Sonhos Proibidos - Lesley Pearse, opinião

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Título Original: Bell 
Autora: Lesley Pearse 
Editora: Edições ASA 
Número de Páginas: 624 

Sinopse: 

Londres, 1910 

Belle tem quinze anos e uma vida protegida. Graças aos cuidados da ama, ela nunca se apercebeu de que a casa onde vive é um bordel, regido com mão de ferro pela sua mãe. Porém, a verdade encontra sempre maneira de se revelar… Para Belle, será no trágico dia em que assiste ao assassinato de uma das raparigas da casa. Ingénua e indefesa, ela fica à mercê do criminoso, que a rapta e leva para Paris, onde se inicia como cortesã. Afastada do único lar que conheceu, a jovem refugia-se nas memórias de infância e acalenta o sonho de voltar aos braços do seu primeiro amor, Jimmy. 

Mas Belle já não é senhora do seu destino. Prisioneira da sua própria beleza, é alvo do desejo dos homens e da inveja das mulheres. Longe vão os anos da inocência e, quando é levada para a exótica e decadente cidade de Nova Orleães, ela acaba por apreciar o estilo de vida que o Novo Mundo tem para lhe oferecer. Mas o luxo e a voluptuosidade que a rodeiam não mitigam as saudades que sente de casa, e Belle está decidida a tomar as rédeas da sua vida. Um sonho que pode ser-lhe fatal pois há quem esteja disposto a tudo para não a perder. No seu caminho, como barreiras fatais, erguem-se um continente selvagem e um oceano impiedoso. Conseguirá o poder da memória dar-lhe forças para sobreviver a uma viagem impossível? 

Opinião: 

Confesso que já andava algo afastada dos livros de Lesley Pearse pelo impacto que têm em mim. E por sugestão de uma grande amiga que andava a ler “A Promessa” deixei-me levar em mais uma viagem tortuosa e não estou nada arrependida! Em “Sonhos Proibidos” a autora remete-nos para um cenário de degradação de um dos bairros mais desfavorecidos de Londres, Seven Dials, que serve de casa a tanta gente sem posses e que é obrigada a sobreviver.

Belle vive resguardada de um dos temas que me causa estranheza e até uma certa aflição – tratando-se de algo que sucede na sociedade desde o início dos tempos e infelizmente ainda marca os dias de hoje: a prostituição. A mãe de Belle, Annie, gere um bordel, o Annie’s place, e tenta proteger a filha dessa realidade, providenciando uma boa educação e impondo regras, mas nada a impede de presenciar um acontecimento que irá mudar tudo para sempre e irá atirar Belle para um mundo de escuridão e de onde é raro escapar.

Como comecei por dizer, Lesley Pearse tem o dom de escrever personagens cuja força é testada ao limite, e onde cada palavra e acontecimento não são escondidos ao acaso, pelo que, ao longo do livro tive muitos momentos em que queria continuar mas dei por mim a interromper a leitura – após findo o respectivo capítulo, claro eneh – ou dava por mim a ler três ou mais capítulos de uma assentada enquanto sustinha  o fôlego.

“Sonhos Proibidos” dá início a uma saga, da qual confesso que só conhecia “A Promessa”, e é um livro tão envolvente como o título nos indica, o qual me arrebatou do início ao fim. Apesar do tema me chocar ao ponto de envolver raparigas tão ou mais jovens que Belle, gostei muito da forma como a autora lhe deu seguimento, colocando muitas pessoas no caminho de Belle, que ao longo da sua jornada, a ensinaram a conhecer a natureza do ser humano, a distinguir o certo do errado, e que havia boas e más pessoas “e aquelas que estavam no meio e tinham um pouco de bom e de mau porque tinham sido danificadas pelas coisas más que lhe tinham acontecido.” * 

Este é um livro envolvente, cuja leitura se torna viciante com descrições tão vividas, capazes de nos suscitar horror, tristeza e alegria, e polvilhada com a dose certa de adrenalina.

Classificação: 5/5 


* Excerto retirado da página 584, 5° parágrafo, linhas 15-17.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

A Bibliotecária - Logan Belle, opinião


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Título Original: Bettie Page Presents: The Librarian
Autora: 
Editora: Editorial Planeta
Número de páginas: 328

Sinopse:

A jovem Regina Finch adora livros e sente-se feliz porque conseguiu o seu emprego de sonho: trabalhar na New York Public Library. Mas o que parecia ser a promessa de uma rotina tranquila no meio de clássicos da literatura revela-se um irresistível jogo de sedução quando conhece o enigmático Sebastian Barnes. Um dia Regina descobre por entre os corredores do santuário bibliotecário uma tórrida cena sexual entre Sebastian e uma funcionária. Uma mistura de repulsão e desejo consome Regina e uma paixão despertará na jovem sensações jamais imaginadas. Uma tarde repara num livro sobre a vida de Bettie Page. Com estes trunfos, Regina espera descobrir a sua destreza sexual e seduzir o homem que ama.

Opinião:

Acabei de o ler ontem de madrugada, por isso a opinião é relativamente fresca e fofa.

Posso começar por dizer que tinha algumas expectativas formadas quando comecei a ler o livro, e, ingenuamente, apesar do que a sinopse induz, não pensei que se fosse desenrolar da seguinte forma. 

Regina Finch é uma jovem que, tal como nós, leitoras, adora livros (quem não?) e cujo emprego de sonho está ao alcance de uma mão - trabalhar na New York Public Library, é algo que almeja desde sempre e que consegue, depois de sair de baixo das asas da mãe, em Filadélfia.
Regina é o tipo de jovem tímida, escondida por detrás de uma franja ao estilo de Bettie Page, um cisne por descobrir, e por entre as muitas fileiras de estantes, e de milhares de livros que lhe dão o conforto exacto para que se sinta feliz e realizada. De certa maneira não foi difícil simpatizar com a personagem, ao mesmo tempo que vivia as descrições da bela biblioteca, enquanto me perguntava se tinha passado por ela durante a minha estadia em Nova Iorque.

Vive com Carly, a companheira de casa abastada, que em tudo é diferente de si, mas que, de alguma maneira, é possível estabelecer uma relação que a vai ajudar ao longo da narrativa.

Apesar da acalmia costumeira das bibliotecas, Regina vê todo o seu mundo abalado quando se depara com Sebastian Barnes:

"um homem alto e de ombros largos" que "levantou para ela uns olhos aveludados, castanho-escuros, quase negros", "a esboçar um sorriso tão sedutor que a deixou sem fala. Tinha as maçãs do rosto salientes, um nariz fino e uma minúscula cova no queixo. O cabelo era negro e brilhante, m tanto comprido, a cobrir-lhe o colarinho da camisa." (pág.20/21)

Pronto, acho que ficou assente que o homem é um achado. Pelo menos, a autora projectou-o como um espécime de tirar o fôlego e o discernimento à nossa querida protagonista.
Mas desengane-se quem pensa que por detrás do aparência impecável e fatos engomados não existe mais. Sebastian nutre uma paixão pela fotografia, que transparece na sensualidade das inúmeras mulheres que fotografa, e o seu encontro com Regina despoleta muitas emoções, incluindo o desejo de a possuir.

É aqui que para mim a história descarrila e começo a perder vontade de prosseguir na leitura.

Sei que é um erro sacrossanto comparar leituras, e o meu perdão á escritora, mas parece que depois de ter lido as Cinquentas Sombras de Grey, de E.L. James, todos os livros eróticos giram á base do mesmo. Do que li sobre o assunto, e da posterior pesquisa que fiz, já tenho uma certa noção sobre o BDSM (Bondage, Discipline, Sadomasochism) e não me surpreende as cenas que são descritas, com ou sem uso de instrumentos auxiliares, ou apenas com o poder do domínio que o dominador tem sobre o submisso. 

A relação entre Sebastian e Regina é claramente de dominador e submisso. E confesso que me fez espécie todo o tratamento formal, tão típico de quem toma o chá das cinco, e de todas as ordens expressas, sob o risco de castigo, apesar da proximidade que o comportamento de Sebastian traduz em relação a Regina. Se bem que o próprio acaba por admitir, muito á semelhança de Christian Grey, tratar-se de uma obsessão.

No geral não foi tudo terrível. Reconheço que a intervenção de Sebastian, chamemos-lhe assim, contribuiu para o despertar de Regina, que, no início era não mais que um suposto patinho feio, e, pela altura do desfecho, se transformara numa mulher mais decidida e segura de si, com consciência dos seus limites e até onde desejara ir para conquistar o homem que amava. (E por esta altura já se tratavam por tu. Enfim.)

Não é uma leitura desagradável, é maioritaramente pontilhada por cenas descritivamente quentes e eróticas, muito características do estilo sensual/erótico; e pelo meio, a autora dá-nos a conhecer a biblioteca que faz de cenário central da narrativa, assim como alguns detalhes sobre a profissão. E confesso que fiquei algo curiosa com Bettie Page, a qual sabia apenas ser um modelo pin-up muito célebre no seu tempo.


Classificação: 2,5/5

domingo, 26 de julho de 2015

Surpreende-me - Megan Maxwell, opinião

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Título Original: Sorpréndeme
Autora: 
Editora: Editorial Planeta
Número de páginas: 408

Sinopse:

A autora resolveu escrever uma sequela da série Pede-me o Que Quiseres, pegando em duas personagens secundárias, mas importantes na trilogia para dar vida a mais uma história de amor escaldante e de sexo tórrido!

Björn é um atraente advogado a quem a vida sempre sorriu. É um homem ardente, alérgico ao compromisso e agrada-lhe desfrutar da companhia feminina nos seus jogos sexuais. Melanie é uma mulher de acção. Como piloto do exército americano está acostumada a levar a vida ao limite, no entanto, a sua principal missão é a de lutar como mãe solteira pelo bem-estar da filha.
Quando o destino os põe frente a frente, a tensão entre eles torna-se evidente. O que no começo foi um encontro hostil, pouco a pouco irá converter-se numa atracção irresistível. Conseguirão estes dois titãs entender-se?


Opinião:
Não tendo lido nada anterior da autora, esta é efectivamente a minha estreia na trilogia e devo confessar que fiquei agradavelmente surpreendida.

Melanie tem uma vida regida pelas regras e organização do exército, onde é piloto e se orgulha profundamente da sua profissão. Lamenta, contudo, o tempo que passa distante da filha Sammi, e tende a manter essa parte da sua vida num espaço que apenas a si diz respeito. Ainda sentido a perda do homem que sempre amou, Mel, tem uma vida paralela, onde vive a sua liberdade entre jogos de sedução e pura luxúria, de olhos vendados, sem a necessidade de saber nomes ou manter contacto.
Nada podia prever que o seu caminho se iria cruzar com Björn, nem tão-pouco o impacto que esse encontro iria ter na vida de ambos.

Por seu lado, Björn é um homem culto, poderoso e que sabe o que quer: tem charme, um corpo espetacular, e mulheres é o que não lhe falta, muito menos o prazer que lhe podem proporcionar ao longo de uma noite. Escusado será dizer que não está minimamente preparado para o caos que a vinda de Mel irá provocar.

Portanto, Björn e Melanie são duas personagens sólidas que, sem saber, partilham muito mais do que uma personalidade forte. A relação de ambos é de amor-ódio, caracterizada por chorrilhos de insultos, onde momentos de humor não faltam, e embora a atracção que sentem um pelo outro, não seja imediata, vai progredindo, cativando o leitor, conduzindo-o por caminhos onde o mistério é o ingrediente principal, seguido por muita faísca e momentos cujo soberano é a luxúria. 

Surpreende-me, é de facto surpreendente pela quantidade de momentos explicítos, onde a autora não se coíbe de expressar o erotismo latente, em todos os jogos sexuais protagonizados pelas personagens. Contudo, não me choca, e reconheço neste livro, um óptimo exemplo do romance erótico, pois senti-me cativada pela intensidade das cenas, intercalada com momentos de alguma descontracção e seriedade. E apesar do seu conteúdo explícito, a história não peca pela falta de conteúdo. Existe um fio condutor, que consegue prender o leitor (além de toda a sensualidade que vibra em cada página, para quem é apreciador, claro), e foi interessante acompanhar com alguma ansiedade, confesso, os encontros e desencontros que levaram ao "fatídico" ponto de convergência no Sensations - o clube nocturno, que abre as suas portas e convida às mais variadas aventuras e fantasias sexuais, para quem esteja disposto a desafiar os seus limites.

A história progride num ritmo de avanços e recuos, muito típico do romance tórrido em que as personagens evitam a todo custo o compromisso; O facto de Mel ser piloto, ainda para mais americana, constituiu um ponto de fricção que alimentou alguma tensão no desenrolar da história, não só derivado de todo o secretismo, mas também pelo confrontar de ideias e crenças, que tem por base uma história e todo um passado, e que de certa maneira levou a uma espécie de reflexão, em que se considera colocar um futuro em causa em nome do passado, e, ao mesmo tempo se abre toda uma miríade de hipóteses.

A autora introduz habilmente personagens da saga anterior "Pede-me o que Quiseres", como Judith e Eric,  e que acabam por ter um impacto significativo não só ao longo do livro, mas mais importante no desenlace. E como desconhecia por completo, esta "intromissão" gerou alguma curiosidade, a suficiente para embarcar na leitura dos restantes livros.

Acima de tudo, o que me leva a recomendar este livro, é o equilíbrio que caracteriza a obra - apesar de todos os jogos sexuais, não existe sobreposição de sexos - não há apenas um dominador e um sumbisso. Ou seja, de certa maneira, ambos se dominam, e ambos se submetem um ao outro, experimentando sensações, impossíveis de experiênciar com outra pessoa qualquer. Esse equilíbrio é igualmente notado pela força da personagem feminina que exerce uma profissão tipicamente masculina, mas que revela momentos de extrema ternura e preocupação para com a filha, além de tudo o que é descrito, e assim a tornam completa com Björn.


Classificação: 4/5

segunda-feira, 25 de maio de 2015

As Cinquenta Sombras de Grey - E.L.James, opinião

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Título Original: Fifty Shades of Grey
Autora:
Editora: Lua de Papel
Número de páginas: 552


Sinopse: 
O início da trilogia de que todas as mulheres estão a falar... discretamente.

Anastasia Steele é uma estudante de literatura jovem e inexperiente. Christian Grey é o temido e carismático presidente de uma poderosa corporação internacional. O destino levará Anastasia a entrevistá-lo. No ambiente sofisticado e luxuoso de um arranha-céus, ela descobre-se estranhamente atraída por aquele homem enigmático, cuja beleza corta a respiração. Voltarão a encontrar-se dias mais tarde, por acaso ou talvez não. O implacável homem de negócios revela-se incapaz de resistir ao discreto charme da estudante. Ele quer desesperadamente possuí-la. Mas apenas se ela aceitar os bizarros termos que ele propõe... Anastasia hesita. Todo aquele poder a assusta - os aviões privados, os carros topo de gama, os guarda-costas... Mas teme ainda mais as peculiares inclinações de Grey, as suas exigências, a obsessão pelo controlo… E uma voracidade sexual que parece não conhecer quaisquer limites. Dividida entre os negros segredos que ele esconde e o seu próprio e irreprimível desejo, Anastasia vacila. Estará pronta para ceder? Para entrar finalmente no Quarto Vermelho da Dor? As Cinquenta Sombras de Grey é o primeiro volume da trilogia de E. L. James que é já o maior fenómeno literário do ano em todos os países onde foi publicado.

Opinião:

Quero começar por dizer que quebrei uma "pseudo-regra" sacrossanta, pois comecei por ver o filme, (há sensivelmente um mês, mês e meio) e a semana passada comecei a ler o livro. E por conseguinte, a leitura foi, invariavelmente, acompanhada por trechos do filme, o que "estragou", por sua vez, o factor surpresa implementado pelos mais variados autores.

Não estava de todo previsto embarcar nesta aventura, apesar da inicial curiosidade associada a todo o furor e alarido em volta do filme, muito antes de estrear nas salas de cinema português. Houve, de facto, muito sururu com a escrita de E.L.James, e eu mantive-me uma mera espectadora silenciosa, pois, por natureza, tendo a não criticar sem antes ter conhecimento de causa. E finda a leitura, posso finalmente pronunciar-me sobre um dos romances mais badalados da actualidade.

Ora então, como disse anteriormente, foi difícil dissociar a imagem com que fiquei do filme, do livro, pois, á medida que a leitura avançava, dava por mim ora a comparar ora a antecipar determinados momentos. O conceito da história passa muito por um romance cuja trama está bastante pautada com momentos altamente descritivos de BDSM e da própria relação que os protagonistas desenvolvem entre si. A autora consegue mesmo transmitir os sentimentos de luxúria e lascívia ao leitor, o que, neste livro compõe o quadro de entertenimento a par com o enredo pouco desenvolvido e algo repetitivo, na minha humilde opinião.

Centrando-me na história, Anastasia é uma jovem, como qualquer outra, que (agora vem aí o facto de exclusão) vê a sua vida mudar radicalmente, quando conhece o sensual e misterioso magnata Christian Grey. Por sorte ou azar do destino, a vida de ambos cruza-se irremediavelmente, levando a jovem Ana a conhecer-se e a ir além dos seus limites. A relação entre Ana e Christian, se é que se pode apelidar assim, é algo estranha, ou seja, Anastasia não consegue controlar os seus sentimentos por ele, acedendo a comportar-se de determinadas maneiras, com receio que Christian a rejeite, e por trás, existe um contrato (descrito detalhadamente) ao longo de várias páginas que lhe permite ter acesso a Christian, mas em simultâneo pode levá-la a perder tudo. Por isso, como em todo o livro, a questão de ganhar ou perder é algo relativa.

Ao longo da narrativa, houve momentos em que acabei por me identificar com a personagem de Anastasia. Além do seu gosto por livros, é uma jovem que vai conhecendo os seus limites e vai ganhando força com o desenrolar da sua relação com Christian. Contudo, também foram inúmeras as vezes em que revirei os olhos face a determinadas atitudes, e pensei: Mas quando é que isto acaba?

Em suma, o livro entertém, deu continuidade á leitura de romances eróticos que encetei no início do ano, mas peca por capítulos em que a descrição seria escusada, pois está em excesso, assim como os momentos repetidos que em nada acrescentam à história, apenas servem, na minha opinião, para cansar o leitor. No entanto, tenho alguma curiosidade com a restante saga, e quem sabe ainda não irei manifestar a minha opinião sobre as mesmas.

Classificação: 3,5/5