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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Lago Perdido - Sarah Addison Allen, opinião

http://www.leyaonline.com/fotos/produtos/500_9789897261367_lago_perdido.jpg

Título Original: Lost Lake
Autora: Sarah Addison Allen
Editora: Quinta essência
Número de Páginas: 280

Sinopse:

A primeira vez que Eby Pim viu Lago Perdido foi num postal. Apenas uma fotografia antiga e algumas palavras num pequeno quadrado de papel pesado, mas quando o viu soube que estava a olhar para o seu futuro.
Isso foi há metade de uma vida. Agora Lago Perdido está prestes a deslizar para o passado de Eby. O seu marido George faleceu há muito tempo. A maior parte da sua exigente família desapareceu. Tudo o que resta é uma velha estância de cabanas outrora encantadoras à beira do lago a sucumbirem ao calor e à humidade do Sul da Georgia, e um grupo de inadaptados fiéis atraídos para Lago Perdido ano após ano pelos seus próprios sonhos e desejos.
É bastante, mas não o suficiente para impedir Eby de abrir mão de Lago Perdido e vendê-lo a um empreiteiro. Este é por isso o seu último verão no lago… até que uma última oportunidade de reencontrar a família lhe bate à porta. 

Opinião:

Na sua obra mais recente, Sarah Addison Allen transporta-nos para o mundo mágico de Lago Perdido, contando-nos uma história que tem início no passado e que se prolonga para lá do tempo.

Eby Pim encontrou em Lago Perdido o sítio que viria a chamar "casa", durante longas décadas. É lá que resolve assentar com o marido, George, mas a sua perda fá-la considerar mudar de rumo e vender a propriedade.

No entanto, a sua magia traz até à sua porta a sobrinha-neta, que, tocada pelas suas próprias perdas, deseja encontrar um novo futuro para si e para a filha. Kate e Devin deixam-se envolver pelo ambiente místico de Lago Perdido, e, juntamente com Eby, lutam para acabar com o sofrimento que marca as gerações das mulheres Morris.

Gostei do facto da autora criar um enredo paralelo com outras personagens, como Lisette ou Bulahdeen, que enriquecem todo o livro, por terem personalidades tão diferentes entre si, e cujas histórias são únicas e se entrelaçarem de forma tão especial.

Este é um livro que nos envolve e faz sonhar, e que é tão característico de uma autora que já tem lugar cativo na minha estante. Lago Perdido é um romance que à sua maneira é adorável, e conjuga risos e momentos de reflexão, onde o leitor é levado a procurar a magia nas pequenas coisas.
Classificação: 4,5/5

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Tenho o teu núm3ro - Sophie Kinsella, opinião


Título Original: I've got your number
Autora: Sophie Kinsella
Editora: Quinta Essência
Número de Páginas: 420

Sinopse:

Dez dias antes do casamento, Poppy perde o anel de noivado. Desesperada, Poppy começa a telefonar a toda a gente para pedir ajuda e alguém lhe arranca o telemóvel da mão! Também o roubaram! Como irão agora avisá-la se encontrarem o anel? E, imediatamente, Poppy vê um telemóvel num caixote do lixo, um telemóvel abandonado de que ela precisa urgentemente. Poppy dá o seu novo número a todos os amigos e também atende as chamadas recebidas e lê as mensagens endereçadas à anterior proprietária, a secretária (que acaba de se demitir) de Sam Roxton, um empresário importante. Enquanto continua à procura do anel, Poppy mantem-se em contacto com Sam Roxton, o novo proprietário do telefone. Sam vai deixá-la ficar com o aparelho, desde que ela lhe reencaminhe todas as mensagens que receber, mas às vezes Poppy responde por Sam em assuntos profissionais e também pessoais. Não se contém. Sam também começa a opinar sobre a vida de Poppy, o seu casamento, sobre os sogros e até sobre o noivo, que talvez, não seja tão maravilhoso como ela pensava.


Opinião:

Para quem me conhece e lê aqui no blogue, sou altamente suspeita quando se trata de algum livro da Sophie Kinsella, porque, na sua grande maioria (ok, quase todos) deliro não só com a sua escrita alegre e refrescante, mas também com a maneira como aborda certas temáticas, envoltas em romance. E neste livro, que já andava super curiosa para ler, não foi nenhuma excepção.
 
Poppy está prestes a dar um passo importante na sua vida, vai casar com um homem maravilhoso, mas a sua não tão maravilhosa família, não vai ficar certamente radiante quando descobrir que perdeu a relíquia de família. Pois é, num abrir e piscar de olhos, a vida de Poppy sofre uma reviravolta que inclui um anel e o seu telemóvel roubados.
 
A partir daqui e do que a sinopse revela, a jornada de Poppy reúne os ingredientes necessários para mais um romance que tem tudo para ser animado e atribulado. Ponha a mão no ar quem é que já se viu aflito e viu a sua vida a andar para trás por ter perdido o telemóvel? (também conta quando se perde no vale dos lençóis e acordamos a meio da noite atarantados á sua procura) Eu, eu, eu! Actualmente, é comum colocarmos praticamente a nossa vida nas tecnologias, é normal recorrer ao telemóvel para consulte um contacto, um evento, uma morada, n coisas que fazem sentido na nossa vida,  contudo não me imaginava a partilhar um telemóvel com um perfeito estranho.
 
Mas é essencialmente esse pormenor que torna esta história deliciosamente interessante. Poppy faz um acordo com o seu dono, o bem sucedido Sam Roxton,  que lho empresta até recuperar o anel de noivado, mas em troca terá de reencaminhar rápida e eficientemente todas as mensagens que receber.
Á medida que estas duas personagens se vão conhecendo, a autor também revela a características que as tornam tão humanas como reais. Poppy apesar de jovial e sempre prestável, esconde as suas inseguranças, preocupando-se em demasia com os que os outros pensam de si, ao mesmo tempo que evita conflitos e tenta agradar a todos, colocando-se em segundo plano. Por sua vez, Sam que aparenta ser frio e demasiado directo, revela uma faceta mais calorosa.
 
Com o desenrolar da história, ambos apercebem que têm muito a aprender um com o outro, o que vai gerar alguma confusão em Poppy, pois no fim do dia terá uma decisão a tomar, a qual irá influenciar o seu futuro...
 
Tenho o teu núm3ro, é um romance em que o leitor se deleita com as mais variadas e caricatas situações, e por entre sorrisos e gargalhadas, acompanha as reviravoltas em que os protagonistas se vêem envolvidos. Parte de mim não resistiu em identificar-se com a doce e desvairada Poppy, e talvez tenha sido por isso que adorei o livro!
 
Classificação: 5/5


sexta-feira, 1 de maio de 2015

De Olhos Fechados - Eve Berlin, opinião

http://c3.quickcachr.fotos.sapo.pt/i/Bb412c010/14554239_DzByo.png

Título Original: Pleasure's Edge
Autora: 
Editora: Quinta Essência
Número de páginas: 280

Sinopse:
 Se não for ao limite, como saberá até onde pode ir?

Alec Walker é um escritor de thrillers psicológicos sombrios - e um homem que vive para as suas emoções. Desde motos a skidiving, passando por nadar com tubarões, a sua busca incessante de prazer e excitação não tem fim. Essa busca estende-se também às suas relações pessoais, onde nenhuma regra limita os seus desejos. A única coisa que Alec teme é o amor - e permitir que outra pessoa o conheça realmente.

Enquanto faz investigação para um livro sobre extremos sexuais, Dylan entrevista Alec - e anseia por saborear a tentação que ele lhe oferece. No entanto, Alec é um dominador famoso e ela recusa entregar-lhe o controlo. Lenta e sedutoramente, Alec mostra-lhe que ao entregar-se-lhe de forma incondicional e submeter-se a todos os seus desejos, ela poderá experimentar o derradeiro prazer. Porém, para poder ficar com a mulher que pela primeira vez o faz ajoelhar, será Alec capaz de correr o maior de todos os riscos e entregar o seu coração?

Embalados por um misto de prazer e apreensão, o casal vê-se numa situação tentadora enquanto evita entregar-se ao sentimento que nasce entre eles.

Opinião:

Este foi um livro que me foi surpreendendo ao longo da narrativa. Integra-se no estilo de literatura erótica/romance sensual, em que a autora, ou quiçá por uma questão de tradução - fica sempre a dúvida -, descreve diversas cenas quentes, de sexo explícito, contudo dentro de uma linguagem cuidada.
A primeira coisa que me chamou à atenção foi a autora escolher duas personagens que não podiam ser mais diferentes uma da outra, apesar de partilharem a mesma profissão, embora dentro de géneros diferentes, Alec dentro do género de thriller e Dylan como escritora de romances eróticos.

Chocou-me um pouco a intensidade do impacto que apenas um único encontro teve em ambos, repercutindo-se em ondas de desejo insatisfeitas pela falta do contacto, o toque, que eram saciadas, porém, infrutiferamente. E á medida que ia lendo, eu própria ansiava pelo momento em que Dylan e Alec se iriam encontrar, pondo freio à fome que lentamente os consumia. Mas devo dizer que a partir desse momento, foi como se entrasse num comboio desgovernado.

Como a própria sinopse revela, Dylan deseja aprofundar os seus conhecimentos sobre BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo), para dar corpo ao seu novo livro, porém, é necessário um toque de autenticidade o que a leva a experimentar o universo de Alec, arriscando-se a perder-se nele. A trama é assim pautada de muitos momentos em que o conteúdo abordado tem por detrás cenários muito bem elaborados e descritivos, capazes de cativar e captar a atenção dos leitores. Temos inicialmente o museu de Arte Oriental, cenário do primeiro encontro entre as personagens, onde já se podiam captar a tensão sexual que pulsava entre ambos, seguindo-se pelo clube de BDSM que Alec e o amigo Dante, igualmente dominador, frequentavam. De certo modo, talvez por ser um assunto que não versa propriamente nos meus interesses literários, fiquei fascinada com que o tema é tratado, desde as descrições do Pleasure Dome, à elegância dos diversos objectos utilizados, até ao pormenor em que a dor é transformada em prazer, levando a submissa ao subespaço.

Embora, De Olhos Fechados, se possa intitular como um romance sensual, não estava com a expectativa de ler propriamente um romance, pois, como pude comprovar, é uma narrativa enriquecida com cenas escaldantes e plenas de erotismo, porém, onde também se verifica um certo companheirismo, e até confiança entre as personagens, ingredientes que considero fundamentais em qualquer relação.

Quer Dylan quer Alec têm passados sobre os quais não desejam falar, e cujas cicatrizes os continuam a assombrar, contudo, com o desenrolar da história vão sendo desvendados. No entanto, fiquei com a sensação de que essa componente ficou mal aprofundada. Percebe-se a relação que existe com Dylan, e de que maneira é que influenciou a forma como tem vivido, e de facto o mesmo acontece em relação a Alec, só que de mais superficialmente.

A par com as personagens principais, são introduzidas duas outras, Misha e Dante, que, apesar do pouco enfoque, denota-se algum significado que têm para os protagonistas. E, segundo as minhas pesquisas, como este volume é apenas o primeiro da Trilogia Edge, é esperado que nos volumes seguintes, ambos tenham um outro enfoque.

De Olhos Fechados, proporciona uma leitura alucinante, plena de momentos excitantes e onde impera puramente a luxúria e o desejo, mas que peca pelo desenlace. Porque estava eu ainda envolta naquela adrenalina própria da relação entre dominador e submisso, que lentamente se vai esbatendo, pois o inevitável acaba por acontecer, como é próprio dos romances, e se calhar é de mim, que estou a ficar menos lamechas - a sério, não me interpretem mal, os apreciadores de romances decerto vão gostar, porque de facto é praticamente digno de um óscar, e eu própria, noutros tempos, teria aplaudido de pé, enquanto enxugava uma lágrima solitária no canto do olho, e abafava suspiros - mas nãao, acho que cortou o clima, e ficou lamechas. Pronto, já disse.

De qualquer das maneiras, é uma leitura irreverente e estimulante que recomendo.

Classificação: 3,5/5

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Paixão Numa Noite de Inverno - Eloisa James, opinião

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Título Original: An Affair Before Christmas
Autora: Eloisa James
Editora: Quinta Essência
Número de páginas: 386

Sinopse: 
Num Natal fabuloso, Lady Perdita Selby, Poppy para amigos e família, conheceu o homem que pensou que iria amar para sempre. O diabolicamente atraente duque de Fletcher era o marido perfeito para a inocente e bela inglesa, e o seu casamento foi o mais romântico que ela alguma vez vira. Quatro anos mais tarde, Poppy e o duque tornaram-se o alvo das atenções da alta sociedade... mas, por trás de portas fechadas, a chama do seu amor extinguia-se.
Relutante em perder a mulher que continua a desejar, o duque está determinado a voltar a conquistar os deleitáveis afectos da sua encantadora noiva... e a ultrapassar os dias impetuosos do primeiro amor com uma sedução verdadeiramente pecaminosa.
Poppy casou sob uma chuva de pétalas de rosa depois de conhecer o seu duque em Paris... o casamento mais romântico que se possa imaginar. Quatro anos depois… as pétalas de rosa transformaram-se em pó. Mas só depois de sair de casa do marido é que Poppy começa realmente a compreender o que é o romance…

Opinião: 
Foi com este romance que finalmente me estreei com a autora, e devo confessar que fiquei cativada.

Trata-se de um romance leve, cuja história se desenrola em torno de Perdita e Fletcher, o eterno casal apaixonado - ou assim o leitor é levado a pensar. Poppy levou toda a sua existência a ser conduzida, ora mais rígidas, frívolas ou patéticas, opiniões da mãe, Flora - uma dama entre leões que não se deixa intimidar por nada nem ninguém, e definitivamente não olha a meios para atingir o que deseja. Poppy apaixonou-se perdidamente por Fletcher, mas ao ver o romance arrefecer progressivamente o seu casamento, para muito malgrado da mãe, decide fazer algo impensável - virar costas ao que sente e sair de casa, concentrando-se em si e nos seus gostos e paixões escondidas.
A partir daí desenrolam-se as situações mais caricatas entre o casal e são introduzidos as personagens secundárias que dão alguma luz a esta história.

Jemma, a duquesa de Beaumont, é uma mulher de uma beleza sofisticada e intelecto perspicaz, uma mulher de paixões, cujo comportamentos fazem o deleite dos mexericos da época e que qualquer mãe gostaria de ver longe da mais casta das filhas. Jemma é pois a antítese de Poppy e igualmente a sua melhor amiga. Aquela que lhe dá guarida durante o interregno no seu casamento, e que assiste, com grande surpresa, ao desabrochar da amiga. A sua história, embora secundária, considero que tem um papel preponderante no desenrolar dos acontecimentos, conferindo um certo interesse ao leitor, tendo-me levado a querer saber sempre mais um pouco sobre o que a autora lhe destinara.
Apesar do seu nome estar invariavelmente associado a inúmeros escândalos, Jemma é uma mulher determinada e sagaz, contanto, a sua faceta frágil e apaixonada foi algo que me tocou, deixando-me ainda mais fã da personagem. O seu destino cruza-se com o de dois homens, tendo como pano de fundo o de uma promessa indecente e um tabuleiro de xadrez.

Ainda outras personagens são abordadas como o charmoso duque de Villiers e o de Miss Charlotte Tatlock, as histórias entrelaçando-se em fio de seda, e foi com grande interesse que devorei os capítulos, porém, os respectivos finais em aberto deixaram-me aborrecida, pois embora não sendo o centro do enredo, ficaram aquém das minhas expectativas.

Á medida que acompanhamos o crescimento desenvolto de Poppy, ficamos a compreender os motivos que levaram a que o casal se distanciasse ao longo dos anos, e, simultaneamente, Poppy e Fletcher, começam efectivamente a conhecer-se um ao outro. Mas será possível que a magia de um beijo seja capaz de acender a chama de um velho amor?

A escrita fluída e os cenários com que a autora nos encanta, associados a personagens coesos e apaixonados, divertidos e com um quê de profundidade, e outros dignos de uma cabaça, são os ingredientes que dão vida e cativam o leitor a não querer pousar o livro.
Uma história perfeita para ser lida à lareira, num dia de Inverno.

Classificação: 4/5

segunda-feira, 1 de abril de 2013

O Quarto Mágico - Sarah Addison Allen, opinião


Título Original: The Sugar Queen
Autora: Sarah Addison Allen
Editora: Quinta Essência
Páginas: 278

Sinopse:
Josey Cirrini tem a certeza de apenas três coisas na vida: O Inverno é a sua estação preferida; está perdidamente apaixonada; e um doce sabe muito melhor quando degustado na privacidade do seu esconderijo secreto. Enfrentando uma vida triste, o seu único consolo é a sua pilha de doces e romances a que se entrega todas as noites… Até que descobre que no roupeiro se esconde nada mais nada menos que Della Lee Baker. Fugindo a uma vida de má sorte, Della Lee decide ajudar Josey a mudar de vida. E, em breve, a jovem renunciará às guloseimas e descobrirá que, mesmo sem elas, a vida pode ser doce.
Influenciada por Della Lee, Josey trava amizade com Chloe Finley, uma jovem que é perseguida por livros que surgem inexplicavelmente nos mais variados lugares e com uma resposta para quase tudo.
À medida que Josey se atreve a sair da sua casca, descobre um mundo onde a cor vermelha tem um poder surpreendente e o amor pode surgir em qualquer altura. E isso é só o início…

Terna e com um toque de magia, esta é uma história encantadora sobre a amizade e o amor - e sobre as surpreendentes e mágicas possibilidades que cada novo dia nos reserva.

Sobre a Autora:
Sarah Addison Allen nasceu em Asheville, na Carolina do Norte. Licenciada em Literatura, a autora dedica-se actualmente ao seu terceiro romance.
Os direito de O Jardim Encantado, a sua obra de estreia foram cedidos para 15 países e só nos Estados Unidos venderam-se mais de meio milhão de exemplares. O livro foi distinguido com o prémio SIBA Novel of The Year, atribuído pela Associação de Livreiros Independentes do Sul ao melhor romance de 2008. Em Portugal, O Jardim Encantado foi igualmente um êxito, com mais de 10 mil livros vendidos. O Quarto Mágico, o seu primeiro livro, foi eleito Romance Feminino do Ano pela revista Romantic Times

Opinião:
A jovem Josey, apesar da idade que tem, continua presa na sombra da mãe, por uma pequena série de erros em criança. Certo dia, como que por magia, Josey descobre que tem companhia, mais exactamente, dentro do armário do quarto. Enquanto aprende a lidar com presença de Della Lee, que parece ter vindo para ficar, a vida de Josey começa aos poucos a mudar.
Por mais difícil que lhe fosse admitir, a presença de Della Lee no seu armário, tornou-se, de certa maneira, benéfica. E com a recente amizade com Chloe, uma rapariga a quem os livros surgem inexplicavelmente nos mais diversos lugares e com solução para quase tudo, Josey descobre um mundo totalmente novo - em que a vida pode ser igualmente doce sem as guloseimas e o amor pode surgir em qualquer altura.

Este livrinho veio cá para casa no início de Março e preencheu o lugar que lhe estava destinado na prateleira da estante. E confesso que fiquei bastante satisfeita :D
Portanto, posso dizer com muito orgulho que já tenho todos os livros da Sarah Addison Allen, publicados por terras lusas, e oxalá se sigam mais uns quantos hehe


Neste livro gostei muito de acompanhar Josey a sair do casulo, para um mundo de cor, à medida que travava amizade com Chloe, e se aproximava de Adam; porque, uma vez mais, Sarah Addison Allen retrata os laços de amizade e de amor de forma muito terna e especial, de maneira a que o leitor acabe por sentir um elo de ligação.
Durante o decorrer da história dei por mim, diversas vezes, a querer estar no lugar de Chloe, não só porque os livros lhe apresentavam solução para quase todos os seus problemas (bónus), mas porque estes apareciam de repente. Não seria uma autêntica maravilha se os livros pudessem fazer isso? Auto-proclamava-me uma sortuda hehe
Em relação a Della Lee, de inicio, confesso que julguei que ela fosse uma espécie de fada, tanto que só lá mais para a frente é que atingi a ideia. No entanto, fada ou não, Della Lee desempenhou um papel muito importante, diria fulcral, no desenrolar dos acontecimentos, mudando, com os seus conselhos, a vida ao seu redor.
Se me perguntarem, só achei o final um pouco agridoce. Mas estando já habituada a gostar dos romances desta escritora, este livro não foi excepção. Gostei mesmo muito.

Classificação: 5/5

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A magia do Amor - Barbara Bretton, opinião

 

Título Original: Laced with Magic
Autora: Barbara Bretton
Editora: Quinta Essência
Número de Páginas: 292

Sinopse:
Em feitiços de Amor, Barbara Bretton, cujas obras figuram na lista das mais vendidas do USA Today, apresentou Chloe Hobbs, filha de uma feiticeira e proprietária de uma loja de lãs. Agora, nesta sequência mágica, Chloe, que conserva ainda alguns dos seus poderes, está prestes a descobrir que o amor pode não conquistar todos, ao contrário de uma fada maléfica…

«Alguma vez tiveram a sensação de que o destino finalmente acertou em cheio? Foi o que senti quando conheci Luke MacKenzie. E ninguém me podia ter convencido do contrário – nem os trolls, selkies, ou espíritos que também chamam terra natal a Sugar Maple, em Vermont. Mas se habito numa vila que abunda em segredos, porque me admiro que o homem que amo também esconda alguns? É que a sua ex-mulher apareceu sem mais nem menos, exigindo ver o espírito da filha de ambos, Steffie, uma criança cuja existência eu desconhecia.
Agora parece que o espírito de Steffie está refém de uma certa líder das fadas. E se eu urdir um feitiço para libertar o espírito da menina, a minha inimiga também ficará livre – livre para destruir a minha loja de lãs, toda a vila de Sugar Maple e todos os que nela vivem. Mas se eu não o fizer, Steffie não sertã a única a passar a eternidade no inferno. Eu irei ter com ela, amaldiçoada com um coração destroçado…» 

Sobre a Autora:
Barbara Bretton é autora de mais de quarenta romances, marcando regularmente presença na lista dos mais vendidos do USA Today. Os seus livros foram traduzidas para doze línguas e publicados em mais de vinte países, ultrapassando os dez milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.
Ao longo da sua carreira foi distinguida com vários prémios, designadamente o Reviewer's Choice Award e o Career Achievement Award, atribuídos pela revista Romantic Times. 
Barbara vive em Nova Jérsia, mas gosta de passar o máximo de tempo possível no Maine com o marido, a passear nas praias rochosas e a sonhar com enredos para novos livros.

Opinião:
Neste segundo livro da saga de Sugar Maple, Chloe vê a sua vida tomar um novo rumo: o negócio de lãs corre de vento em popa, os seus poderes de feitiçeira estão a despontar e tem o homem que ama ao seu lado. O que mais podia ela pedir? Todavia, nem tudo são rosas, e Chloe vai aprendê-lo da maneira mais difícil.
A chegada inesperada de Karen, a ex-mulher de Luke, vai agitar a idílica vila e os seus habitantes, pois Isadora resolve fazer uma nova visita, trazendo o caos, e consigo uma decisão difícil para a nossa feitiçeira em-período-de-formação.

A história é contada sob o registo de Chloe, Luke e Karen num registo divertido e bem humorado, em que poucas foram as vezes em que não soltei uma ou outra gargalhada, e com uma quota parte de passagens de deixar a respiração em suspenso.
Andava há imenso tempo (desde que comprei o primeiro) para ler a continuação, e, na sexta-feira passada, quando mo emprestaram pouco faltou para deixar escapar um yay! e dar um pulo de alegria.
Acabei de o ler ontem à noite, mas fiquei um pouco aborrecida pelo final ter sabido a pouco. Estava mesmo a pedir para ler o seguinte :p

Classificação: 4/5

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Noite de Reis - Trisha Ashley, opinião


Título Original: Twelve Days of Christmas
Autora: Trisha Ashley
Páginas: 472
Editor: Quinta Essência

Sinopse:
O Natal sempre foi uma época triste para a jovem viúva Holly Brown, por isso, quando lhe pedem para cuidar de uma casa remota nas charnecas do Lancashire, a oportunidade de se esconder é irresistível - a desculpa perfeita para esquecer as festividades.

Escultor, Jude Martland, decidiu que este ano não haverá Natal depois de o irmão ter fugido com a sua noiva, e faz questão de evitar a casa da família. No entanto, terá de voltar na Noite de Reis, quando a aldeia de Little Mumming celebra as suas festividades e toda a família é obrigada a comparecer.
Enquanto isso, Holly começa a descobrir que, se quer evitar a Natal, veio para o local errado. Quando Jude regressa inesperadamente na véspera de Natal não fica nada contente ao constatar que Holly parece estar a organizar a festa de família que ele esperava evitar.

De repente, uma tempestade de neve surge do nada e toda a aldeia fica isolada. Sem fuga possível, Holly e Jude encontram muito mais do que esperavam - parece que a quadra natalícia vai ser bastante interessante!

Sobre a Autora:
Trisha Ashley nasceu em St. Helens, Lancashire, e agora vive no Norte do País de Gales. O seu romance A Winter's Tale foi candidato ao Melissa Nathan Award na categoria de Romance-Comédia em 2009. Teve vários empregos a tempo parcial ao longo dos anos, mas a sua ocupação actual como funcionária sazonal do National Trust combina perfeitamente três dos seus maiores interesses: casas históricas, jardins e conhecer pessoas. Embora Trisha adore chocolate, não se considera «chocoólica» - pode desistir quando quiser, a sério! 

Opinião:
Neste seu novo romance, Trisha Ashley conduz-nos até Little Mumming, um vilarejo característico não só pelas suas tempestades de neve como também pelo empenho e entrega aos hábitos natalícios, por parte da comunidade.

Depois de perder o marido, oito anos volvidos, Holly mantém-se firme na decisão de virar as costas à época natalícia e a tudo o que isso implique, refugiando-se no trabalho a tomar conta de casas. Porém, quando aceitou o trabalho de house-sitting na Old Place, estava longe de imaginar que as suas semanas de sossego se iriam transformar na azáfama habitual durante o verão, enquanto chef.

Mais tarde, quando aparece o proprietário de Old Place, Jude Martland, que, após passar um mau bocado e a noiva o ter trocado pelo irmão mais novo, vindo de Nova Iorque, o desenrolar da história ganha um novo ritmo.

E é assim que, o dia-a-dia em Little Mumming, rodeada pela família Martland, faz com que Holly se renda aos encantos e aos preparativos da quadra.

Este romance tem os ingredientes certos que resultam numa leitura muito agradável.
Começando por um leque variado de personagens, cada um com os próprios dramas mas geralmente com uma dose de boa disposição.
A família Martland composta pelos tios de Jude, Nöel e Tilda, Becca, a sobrinha Jess; os amigos Old Nan, Richard, Henry, George e Mrs Comfort; e os convidados indesejados - Guy e Coco. Em relação a esses dois, quero apenas dizer que foram os únicos que não me cativaram no decorrer da história. Guy, porque tanto charme e adulação pode ter o mesmo efeito que um perfume usado em demasia - enjoa; e Coco, bem, Coco é a criança petulante de vinte e quatro anos, com efeito altamente irritante. Deixou-me logo de sobrolho erguida logo na primeira fala. E nos momentos em que quase senti pena dela, havia sempre qualquer coisa que me impedia de mudar de ideias. Mesmo assim, não a dispensava do enredo, pois ainda me ri um bom bocado à conta dela. Coco ficou como "Aquela serigaita que estava noiva do Jude no último Natal e que depois fugiu com o Guy" (p.320 - viva Old Nan!);

Passando pelas picardias entre Holly e Jude, a troca de palavras acesas seguidas de um desligar abrupto do telefone, deixando o outro a falar sozinho do outro lado da linha, que deram, mais tarde, origem a um romance em lume brando, pois, só mais para o fim da história é que se desenvolve - e com uma rapidez que, apesar de desejada, não deixou de me surpreender;

E um diário cuja história enterlaça o passado com o presente.
Tudo isto tendo como pano de fundo um cenário maravilhoso coberto de neve com muitas descrições e uma história temperada com muitas receitas típicas da quadra.

Porque o Natal é quando o homem quiser, este é daqueles livros que, nos dias de muito frio, proporciona um bom serão envolta em cobertores e uma bebida quente ao lado.

Classificação 4/5

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Desejos de Chocolate - Trisha Ashley, opinião



Título Original: Chocolate Wishes
Editor: Quinta Essência
Número de páginas: 356

Sinopse: 

Uma história encantadora e divertida sobre o amor perdido... e reencontrado.

Na perfeita aldeia de Sticklepond, Lancashire, Chloe faz e vende chocolates deliciosos e inspiradores, que contêm uma previsão ou uma frase encorajadora para cada cliente. Se a sua vida fosse tão fácil de prever, talvez Chloe pudesse ter visto que iria ser abandonada junto ao altar… Mas quando um novo vigário chega à aldeia, os rumores aumentam de intensidade. Para além de ser o carismático ex-líder da banda rock Mortal Ruin, Raffy Sinclair é também o primeiro amor de Chloe e o homem que lhe destroçou o coração. Por mais que tente, Chloe não consegue ignorar aquela aparição do seu passado. Poderá ter chegado agora o momento de pedir um desejo - e atrever-se a acreditar que este se pode transformar em realidade? Uma heroína simpática que faz chocolates, um irmão adolescente (e gótico), um avô escritor que é também feiticeiro, uma tia cigana que lê cartas de tarô e folhas de chá, um herói invulgar (e lindo!) e uma aldeia cheia de personagens excêntricas e adoráveis são os ingredientes deste encantador romance de Trisha Ashley, autora publicada pela primeira vez em Portugal pela Quinta Essência.

Sobre a Autora:
Trisha Ashley nasceu em St. Helens, Lancashire, e agora vive no Norte do País de Gales. O seu romance A Winter's Tale foi candidato ao Melissa Nathan Award na categoria de Romance-Comédia em 2009. Teve vários empregos a tempo parcial ao longo dos anos, mas a sua ocupação actual como funcionária sazonal do National Trust combina perfeitamente três dos seus maiores interesses: casas históricas, jardins e conhecer pessoas. Embora Trisha adore chocolate, não se considera «chocoólica» - pode desistir quando quiser, a sério! 

Opinião:

Livro acabadinho de ler e ao som de Rachel Platten - Work of Art. - um momento fofinho depois de um final fofinho lol (fiquei a modos que contagiada)

O dia-a-dia de Chloe é dividido entre o seu negócio de Desejos de Chocolate - formas de chocolate que contêm no seu interior frases reconfortantes e proféticas -, o seu adorável jardim murado na igualmente adorável cottage Angel Lane, os amigos de infância Poppy e Felix e a sua eclética família, composta por Jake, o meio-irmão numa fase gótica; o avô Resmungas, que na verdade se trata do escritor Gregory Warlock, que também é feitiçeiro; e Zillah, a enigmatica tia cigana que tem por hábito ler as cartas de tarôt. 
Pois é, com todos estes elementos não é difícil adivinhar um ambiente divertido e cheio de surpresas.

Mas como não há bela sem senão, o ambiente tranquilo da nossa heroína, cujo lema é "Quem precisa de homens quando se tem chocolate?", vê-se bruscamente alterado quando alguém do seu passado surge. Neste caso, não se pode dizer que a sua presença ficou lá bem atrás no passado, quando se trata de uma ex-estrela de rock, que, para mal dos pecados dela, surge, não na pele de raposa, mas sim de cordeiro. Sim, eu também ficaria chocada se um ex-namorado de faculdade voltasse a aparecer na minha vida, no papel de vigário...
Obrigada a conviver com ele de perto, Chloe chega a um ponto em que, não podendo continuar a viver daquela forma, decide enfrentar o passado, uma vez mais, e descobre que o perdão se pode insinuar de muitas formas, levando a um desfecho apenas possível na sua imaginação.

Este foi o primeiro livro que li de Trisha Ashley e gostei bastante. Foi uma leitura agradável, como uma suave brisa primaveril, tirando aquele chorrilho de momentos em que anteciparam o tão aguardado encontro de Chloe com Raffy. Confesso que houve alturas em que bisbilhotava umas páginas à frente - e quem diz páginas diz capítulos hehe - tudo obra da curiosidade, naturalmente. E quando esse momento finalmente aconteceu, senti que, ao lado de um misto de Aleluia!, pairava um aroma agridoce. Foi como se eu estivesse no lugar de Chloe e estivesse a confrontar tudo o que fizera parte do meu passado e que, muito amavelmente, me viera revisitar sob a forma de um ser de um metro e noventa, cabelo negro e olhos de um intenso azul turquesa (o que tirando os sentimentos de amargura, tristeza e raiva, até não seria mau de todo, convenhamos).

A partir daí, a história desenrola-se com alguma naturalidade, surgindo, uma vez por outra, alguns elementos surpresa, alterando ligeiramente o curso dos acontecimentos, mas que nem às cartas escapa.
Foi divertido acompanhar a transformação de uma Poppy desesperada, aquando a busca encetada na procura do Senhor Certo, numa mulher mais confiante e as consequentes mudanças dentro do trio de amigos, em que a amizade leva a um novo romance; bem como a integração de cada membro da família na comunidade, provando que a aceitação é possível.

Este é um romance mágico e encantador sobre um amor perdido e reencontrado com sabor a chocolate, que não dispensa "ler com uma caixa de chocolates ao lado"! =)

Classificação: 4/5 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A Árvore dos Segredos - Sarah Addison Allen, opinião


Título Original: The Peach Keeper
Autora: Sarah Addison Allen
Editora: Quinta Essência
Páginas: 208

Sinopse:
Sarah Addison Allen dá-nos as boas-vindas a uma nova povoação: Walls of Water, na Carolina do Norte, onde os segredos são mais espessos do que o nevoeiro das famosas quedas-d'água da cidade, e as superstições são, de facto, reais. 

Willa Jackson vem de uma antiga família que ficou arruinada gerações antes. A mansão Blue Ridge Madam, construída pelo bisavô de Willa durante a época áurea de Walls of Water, e outrora a mais grandiosa casa da cidade, foi durante anos um monumento solitário à infelicidade e ao escândalo. Mas Willa soube há pouco que uma antiga colega de escola a elegante Paxton Osgood - da abastada família Osgood, restaurou a Blue Ridge Madam e a devolveu à sua antiga glória, tencionando transformá-la numa elegante pousada. Talvez, por fim, o passado possa ser deixado para trás enquanto algo novo e maravilhoso se ergue das suas cinzas. Mas o que se ergue, afinal, é um esqueleto, encontrado sob o solitário pessegueiro da propriedade, que com certeza irá fazer surgir coisas terríveis.
Pois os ossos, pertencentes ao carismático vendedor ambulante Tucker Devlin, que exerceu os seus encantos sombrios em Walls of Water setenta e cinco anos antes, não são tudo o que está escondido longe da vista e do coração. Surgem igualmente segredos há muito guardados, aparentemente anunciados por uma súbita onda de estranhos acontecimentos em toda a cidade.

Sobre a Autora:
Sarah Addison Allen nasceu em Asheville, na Carolina do Norte. Licenciada em Literatura, a autora dedica-se actualmente ao seu terceiro romance.
Os direito de O Jardim Encantado, a sua obra de estreia foram cedidos para 15 países e só nos Estados Unidos venderam-se mais de meio milhão de exemplares. O livro foi distinguido com o prémio SIBA Novel of The Year, atribuído pela Associação de Livreiros Independentes do Sul ao melhor romance de 2008. Em Portugal, O Jardim Encantado foi igualmente um êxito, com mais de 10 mil livros vendidos. O Quarto Mágico, o seu primeiro livro, foi eleito Romance Feminino do Ano pela revista Romantic Times.

Opinião: 
Este é mais um romance mágico de Sarah Addison Allen, que nos traz mais uma cidade encantada da Carolina do Norte, Walls of Water, com os seus cenários idílicos e as personagens que parecendo distintas têm mais em comum do que possam julgar. E dessa forma, a autora cria todo um universo por onde o leitor viaja e se sente confortável.

A história em si é agradável, e os temas como a amizade, amor e aceitação são já recorrentes dos restantes livros, mas nunca deixam de ser abordados de forma a deixar uma impressão, mesmo que subtil, no leitor.
Gostei da forma como as personagens foram construídas assim como do modo em que interagiam entre si – desde a sucessão de acontecimentos que dá origem à amizade improvável entre Willa e Paxton, aos mais variados e divertidos arrufos amorosos entre os pares românticos da história. Houve igualmente um pormenor da parte da autora que me surpreendeu muito – a menção de Claire e Bay Waverley, personagens d’O Jardim Encantado. Foi um momento em que dei por mim a viajar até Bascom e a rever a história em si.

Talvez por ter me ter sido oferecido por alguém que me é muito querido, e por dar especial foco à amizade, este livro tenha deixado um toque especial.
No fim, este foi mais um romance que não me desiludiu, porque, na sua simplicidade, a escrita de Sarah Addison Allen tem o dom de chegar ao leitor e encantá-lo com as suas histórias uma e outra vez :)

Classificação: 5/5

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O Fruto Proíbido - Sherry Thomas, opinião

Eis um livro que, simplesmente, adorei e recomendo vivamente!


Título Original: Delicious
Autor: Sherry Thomas
Editora: Quinta Essência
Número de páginas: 334

1892: Um romance doce como chocolate junta uma cozinheira de reputação escaldante, um advogado com queda para a sedução e um baile digno de um conto de fadas.
Será a receita certa para escandalizar a sociedade londrina... ou simplesmente a receita mais deliciosa de sempre?

Sinopse:
Os prazeres proibidos são sempre os mais doces… E, afinal, a felicidade pode ser servida num prato…
Famosa em Paris, mal-afamada em Londres, Verity Durant é tão conhecida pelos seus dotes culinários quanto pela sua vida amorosa. Contudo, essa será a menor das surpresas que espera o seu novo empregador quando este chega a Fairleigh Park, a propriedade que acaba de herdar após a inesperada morte do seu irmão.
Para Stuart Somerset, uma estrela política em ascensão, Verity Durant é apenas um nome e a comida é apenas comida, até degustar o primeiro prato confeccionado por ela. Até então, a única vez que experimentara tamanho despertar dos sentidos fora numa perigosa noite de paixão com uma estranha que desaparecera com a madrugada. Dez anos de espera pelo prato principal é muito tempo, mas quando Verity Durant entra na sua vida, apenas uma coisa conseguirá satisfazer Stuart. O apetite dele pela luxúria será vingança ou o mais excepcional dos acepipes — o amor? O passado de Verity alberga um segredo que poderá devorá-los a ambos, ao mesmo tempo que tentam alcançar o mais delicioso dos frutos...

Sobre a Autora:
Sherry Thomas chegou aos Estados Unidos aos treze anos. No espaço de um ano, com a ajuda do seu fiel dicionário de inglês-chinês, já lia romances históricos de 600 páginas. O vocabulário que respigou dessas histórias marcadas pelo tom de insaciável paixão tornou-se muito útil quando começou ela própria a escrever romances.
Sherry tem um bacharelato em Economia pela Universidade da Luisiana e um mestrado em Contabilidade pela Universidade do Texas. Vive na zona central do Texas com o marido e os dois filhos. Quando não está a escrever, gosta de ler, jogar jogos de computador com os filhos e… ler ainda mais um pouco.
O Fruto Proíbido foi eleito Melhor Romance de 2008 pela publicação Library Journal e escolhido como Top Pick e Fresh Pick pela revista Romantic Times e pelo sítio Fresh Fiction, respectivamente. O romance de estreia da autora, Private Arrangements, foi considerado um dos melhores livros de 2008 pela revista Publishers Weekly.

Críticas de imprensa
«Um esplêndida confecção vitoriana… Uma história que faz lembrar o conto da Cinderela com um fascinante toque culinário… imperdível.»
Publishers Weekly

«Sublime. Um prazer literário simplesmente irresistível.»
Chicago Tribune

«Personagens complexas e bem construídas dão vida a uma história única de amor, perda e reconciliação. Um romance delicioso, que deve ser bem saboreado.»
Library Journal

«Sherry Thomas deslumbra os leitores com esta história inteligente e envolvente, marcada por personagens inesquecíveis. O romance é delicioso, de fazer crescer água na boca…»
Romantic Times

«Um livro fascinante, escrito de forma muito eloquente.»
Night Owl Romance

Opinião:
Acabei de o ler nem há um par de horas e estou... ironicamente, sem palavras.
Este é um livro que, sem dúvidas, excedeu as expectativas que guardava desde que o coloquei na minha wishlist nº1.

A sinopse fala de uma cozinheira de grande reputação, cuja comida é capaz de libertar todos os sentidos, emudecendo quem a prova; e do irmão do seu falecido empregador, Stuart Somerset, um promissor advogado que ambiciona fazer o mais correcto.
Esta história começa dez anos antes, quando as suas vidas se cruzam e ficam irremediavelmente ligadas numa noite que deixa marcas.
Mais tarde, no presente, reencontram-se; Stuart, sem sequer imaginar que a sua preciosa Cinderela e Madame Durante são na realidade, uma e a mesma pessoa, e que esta vive provocando-lhe os sentidos, a cada prato, despertando um desejo que Stuart sabia há muito tempo adormecido.

Porém, como no conto, Verity enfreta diversos obstáculos, um em especial com o Príncipe que está comprometido com outra jovem.
Guiada pela esperança,
"Esperança. A Esperança trouxera-a a Londres quando a Sensatez a teria feito partir para Paris. A esperança que ardia nela como o fogo eterno, a chama de uma oração por ele, por ambos, por um milagre."
e confrontada pela dúvida,
"Por vezes interrogava-se se ainda gravitava em redor dele simplesmente porque não conseguia enfrentar o facto de o seu fiel amor poder ter sido um erro, um bonito erro, mais ainda assim um erro enorme e ubíquo."
Verity, munida da sua coragem e dos seus dotes culinários, decide lutar pelo futuro com o homem que ama e deixou escapar dez anos antes.

Em suma, esta é a história da Cinderela dos tempos modernos, de uma "Cinderela que pragueja, fuma e bebe um pouco de mais. Tem dores nos pés e nas costas. E é rancorosa e adoraria que a sua carruagem de abóbora atropelasse a Madrasta Má. E o Príncipe Sapo também, se possível."
Mas que, apesar das adversidades, conseguiu ficar com o príncipe e ir contra o: E não viveram felizes para sempre. Fim.


Classificação: 5/5