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terça-feira, 28 de abril de 2015

Vertigem de Paixão - Elizabeth Hoyt, opinião

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Título Original: To Seduce a Sinner
Autora: 
Editora: Quinta Essência
Número de páginas: 372
Saga: A Lenda dos Quatro Soldados #2

Sinopse:
Durante anos, Melisande Fleming amou Lorde Vale de longe… vendoo seduzir uma sucessão de amantes e, uma vez, entrevendo a intensidade de sentimentos sob o seu exterior despreocupado. Quando ele é abandonado no dia do casamento, ela enche-se de coragem e oferece-se para ser sua mulher.

Vale tem todo o gosto em desposar Melisande, nem que seja apenas para produzir um herdeiro. Porém, tem uma agradável surpresa: uma dama tímida e recatada durante o dia, ela é uma libertina durante a noite, entregando-lhe o seu corpo… mas não o seu coração. Decidido a descobrir os segredos de Melisande, Vale começa a cortejar a sua sedutora mulher - enquanto esconde os pesadelos dos seus dias de soldado nas Colónia que ainda o atormentam. No entanto, quando uma mortífera traição do passado ameaça separá-los, Lorde Vale tem de expor a sua alma à mulher com quem casou… ou arriscar-se a perdê-la para sempre.

Opinião:
Embora "Vertigem de Paixão" seja o segundo volume da saga da Lenda dos Quatro cavaleiros, foi com este que me estreei com a autora Elizabeth Hoyt. Relativamente à história, a autora conjuga o romance erótico com um pano de fundo histórico, que tem por base um cenário bélico no Quebeque.
Jasper Renshaw, duque de Vale, é um homem atormentado pelas memórias de uma batalha que lhe custou mais do que o sofrimento físico. Mas como homem versado na arte da corte, é algo que consegue esconder de dia, atrás do seu olhar e sorriso cativantes. Porém, quando a noite cai, refugia-se no que esta tem de melhor para oferecer, jogo e mulheres, o que seja, para o fazer esquecer, em vão, o que viveu, em tempos idos. Até que conhece Melisande Fleming - a única mulher que teve a ousadia de lhe propor casamento, momentos depois de ter sido abandonado no altar pela noiva (que o trocou por um pároco).

Não posso deixar de notar que todo este começo tem uma nota de ironia, pois, aquele que, na época, era considerado um dos solteiros mais cobiçados, aquele que roubava suspiros com apenas um olhar, fora trocado por um jovem de aparência trigueira, de olhos de um azul profundo. A partir daí, a história tem um desenrolar algo peculiar, pontilhado de momentos onde impera o imprevisível.

Melisande é uma personagem que me surpreendeu muito ao longo da história. Inicialmente dá a entender que tem muito de frágil, grande parte pela forma discreta como se veste de pastel e tons cinzentos, que em nada a realça, e como interage com os outros, quase como se almejasse ser uma planta de decoração, a quem não prestam a mínima atenção. Porém, Melisande observa. Principalmente o duque de Vale, a quem ama profundamente, e não se pode dar ao luxo de lhe revelar o que sente. Por isso, após o crepúsculo, assume o papel de dama da noite, e, sem hesitar entrega o seu corpo ao homem que ama, por entre os mais variados jogos de sedução, onde o leitor acompanha o desabrochar e a entrega progressiva do par romântico.

Como romance sensual, a autora cumpre com a sua escrita, num registo suave e fluído, de linguagem simples, a promessa de um romance cuja paixão é capaz de aquecer a noite mais fria. Melisande e Vale são, á partida um casal improvável, derivado do pouco contacto que mantém, o qual é baseado na cordialidade própria de um casamento de época. Contudo, quando a noite cai, Melisande despe-se de preconceitos e abraça a sua sensualidade, que surpreende tanto as personagens como o leitor. A par, claro, com o despertar de algo que os acabará irremediavelmente por unir.

Paralelamente, decorre um mistério cujo cenário atormenta Lorde Vale, maioritariamente de noite, quando os fantasmas do passado surgem mais facilmente, e a busca pela verdade se torna incessante. Uma traição, já de si pode ser gravosa, porém, quando existe a possibilidade de ter ocorrido dentro do seu regimento, Vale jura não parar até descobrir quem poderá ter provocado o massacre no Quebeque, roubando-lhe muito mais do que alguém poderia imaginar. Este é um ponto que é falado ao longo da história, e que não só confere um ponto de interesse à história, acabando por levar a muitas perguntas sem resposta, como permite ao leitor muito mais que um vislumbre das cicatrizes que marcam o corpo e alma de Vale.

Classificação: 3,5/5

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Paixão Numa Noite de Inverno - Eloisa James, opinião

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Título Original: An Affair Before Christmas
Autora: Eloisa James
Editora: Quinta Essência
Número de páginas: 386

Sinopse: 
Num Natal fabuloso, Lady Perdita Selby, Poppy para amigos e família, conheceu o homem que pensou que iria amar para sempre. O diabolicamente atraente duque de Fletcher era o marido perfeito para a inocente e bela inglesa, e o seu casamento foi o mais romântico que ela alguma vez vira. Quatro anos mais tarde, Poppy e o duque tornaram-se o alvo das atenções da alta sociedade... mas, por trás de portas fechadas, a chama do seu amor extinguia-se.
Relutante em perder a mulher que continua a desejar, o duque está determinado a voltar a conquistar os deleitáveis afectos da sua encantadora noiva... e a ultrapassar os dias impetuosos do primeiro amor com uma sedução verdadeiramente pecaminosa.
Poppy casou sob uma chuva de pétalas de rosa depois de conhecer o seu duque em Paris... o casamento mais romântico que se possa imaginar. Quatro anos depois… as pétalas de rosa transformaram-se em pó. Mas só depois de sair de casa do marido é que Poppy começa realmente a compreender o que é o romance…

Opinião: 
Foi com este romance que finalmente me estreei com a autora, e devo confessar que fiquei cativada.

Trata-se de um romance leve, cuja história se desenrola em torno de Perdita e Fletcher, o eterno casal apaixonado - ou assim o leitor é levado a pensar. Poppy levou toda a sua existência a ser conduzida, ora mais rígidas, frívolas ou patéticas, opiniões da mãe, Flora - uma dama entre leões que não se deixa intimidar por nada nem ninguém, e definitivamente não olha a meios para atingir o que deseja. Poppy apaixonou-se perdidamente por Fletcher, mas ao ver o romance arrefecer progressivamente o seu casamento, para muito malgrado da mãe, decide fazer algo impensável - virar costas ao que sente e sair de casa, concentrando-se em si e nos seus gostos e paixões escondidas.
A partir daí desenrolam-se as situações mais caricatas entre o casal e são introduzidos as personagens secundárias que dão alguma luz a esta história.

Jemma, a duquesa de Beaumont, é uma mulher de uma beleza sofisticada e intelecto perspicaz, uma mulher de paixões, cujo comportamentos fazem o deleite dos mexericos da época e que qualquer mãe gostaria de ver longe da mais casta das filhas. Jemma é pois a antítese de Poppy e igualmente a sua melhor amiga. Aquela que lhe dá guarida durante o interregno no seu casamento, e que assiste, com grande surpresa, ao desabrochar da amiga. A sua história, embora secundária, considero que tem um papel preponderante no desenrolar dos acontecimentos, conferindo um certo interesse ao leitor, tendo-me levado a querer saber sempre mais um pouco sobre o que a autora lhe destinara.
Apesar do seu nome estar invariavelmente associado a inúmeros escândalos, Jemma é uma mulher determinada e sagaz, contanto, a sua faceta frágil e apaixonada foi algo que me tocou, deixando-me ainda mais fã da personagem. O seu destino cruza-se com o de dois homens, tendo como pano de fundo o de uma promessa indecente e um tabuleiro de xadrez.

Ainda outras personagens são abordadas como o charmoso duque de Villiers e o de Miss Charlotte Tatlock, as histórias entrelaçando-se em fio de seda, e foi com grande interesse que devorei os capítulos, porém, os respectivos finais em aberto deixaram-me aborrecida, pois embora não sendo o centro do enredo, ficaram aquém das minhas expectativas.

Á medida que acompanhamos o crescimento desenvolto de Poppy, ficamos a compreender os motivos que levaram a que o casal se distanciasse ao longo dos anos, e, simultaneamente, Poppy e Fletcher, começam efectivamente a conhecer-se um ao outro. Mas será possível que a magia de um beijo seja capaz de acender a chama de um velho amor?

A escrita fluída e os cenários com que a autora nos encanta, associados a personagens coesos e apaixonados, divertidos e com um quê de profundidade, e outros dignos de uma cabaça, são os ingredientes que dão vida e cativam o leitor a não querer pousar o livro.
Uma história perfeita para ser lida à lareira, num dia de Inverno.

Classificação: 4/5

quarta-feira, 12 de março de 2014

Oh, Cherry Ripe - Claudy Conn, opinião

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Título: Cherry Ripe
Autora: Claudy Conn
Número de páginas: 194
Formato: ebook

Opinião:

Numa época em que os comportamentos se regem pelas regras da etiqueta, a jovem Cheryl Elton, é uma jovem que se destaca pela sua irreverência e comportamento que vai contra as convenções Londrinas.
"Ah, in London you must sit properly, dance properly, never ride astride..."
Por isso, com vinte e um anos, e uma longa lista de escândalos no registo, é obrigada a casar-se.
  • Primeira coisa que quero destacar: Vinte e um anos de idade era considerado o limite aceitável para se casar (portanto, eu por esta altura, com quase 22... bem, não vamos pensar nisso xD)
  • Casar-se com um completo estranho? Isso, sim, era um verdadeiro escândalo para Cheryl.

Continuando, acho que só pela personalidade de Cherry, não só o facto de querer e de pensar pela sua própria cabeça, mas pelo sentido de justiça e bondade, acabei por simpatizar com ela. (Basicamente a miuda é uma peste com bom coração)
Por outro lado, temos um Lord atraente e misterioso que partilha a mesma visão do casamento que Cherry, se bem que, devido a circunstâncias especiais, acaba por ceder às convenções.
Mas nada ocorre como é esperado. Eles nunca se encontram, como é desejo da madrasta (boa) de Cherry, e a história decorre sobre as finas linhas do destino. Tudo muito ao sabor do inesperado, portanto.

Confesso que não estava a contar com o elemento surpresa, porque  nada se passou conforme eu ia arriscando. O que é bom, pois, à sua maneira, fugiu ao cliché romântico do estilo: Eles conhecem-se e agora temos diversos cenários: a) perdem-se de amores um pelo outro; b) não se suportam; c) o sentimento de afeição/atracção/etc é unilateral... Enfim, nos romances, as possibilidades são diversas.


A par com isso, a história vai-se desenrolando num ritmo fluído e agradável de ler (se bem, que tive os meus momentos em que passei algumas páginas à frente só para verificar quanto mais faltava para um novo capítulo), e apreciei o facto de a autora explorar o passado de cada uma das personagens, explicando o porquê de certos pormenores no presente, fazendo tudo de modo a que nenhum suspeitasse que o universo parecia conspirar contra eles (ou estava mesmo). E acho que isso também conferiu à história um certo encanto.

Esta foi a minha estreia com a autora, e no tablet (que serve de "substituto" ao kobo e associados) me esperam mais ebooks ehehe

Classificação: 3,5/5

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Aposta Indecente - Matilda Wright, opinião

 
Autora: Matilda Wright
Editora: Livros d'Hoje
Número de Páginas: 240

Sinopse:  

Ela ensinou-lhe que a vida não é um jogo...

Paris, 1854. Um dos homens mais ricos de França, o marquês de Villeclaire tem uma vida luxuosa e despreocupada, onde não falta nada que o dinheiro e a sua posição social possam pagar. Mulheres, jogo, festas, caçadas, palácios…
Mas uma aposta faz com que os destinos de Villeclaire e Catherine Duvernois, uma jovem e misteriosa viúva, se cruzem, numa altura em que uma nuvem negra tolda os dias do belo marquês, prestes a casar, contra sua vontade, com Blanche de Belfort.
A vida de Louis de Villeclaire desmorona-se…
Quem é Catherine Duvernois? E Blanche de Belfort? Alguém está a mentir. Mas quem? Porquê? A resposta mudará para sempre o futuro destas três personagens.

Um romance arrebatador, que se desenrola entre os sofisticados salões da aristocracia parisiense e as deslumbrantes paisagens do vale do Loire, levando os leitores numa viagem inesquecível por cenários de sonho, durante o reinado do Imperador Napoleão III.

Sobre a Autora:
Matilda Wright nasceu em Londres, em 1968. Estudou Literatura Inglesa em Cambridge e vive com o marido na região de Cúmbria, no Norte de Inglaterra, onde criam cavalos. Têm quatro filhos que, de vez em quando, também vivem lá em casa. Aposta Indecente, agora editado pela Livros d’Hoje, é o primeiro dos seus romances a ser publicado, dos muitos que tem escrito desde os seus tempos de Universidade, sem nunca os ter mostrado a nenhum editor.

Opinião:
Portanto, acabo de ler, venha a opinião fresquinha...

A história começa com o seu quê de mistério e intriga em volta da jovem viúva Catherine Duvernois, que, com apenas 22 anos, de um homem muito mais velho, avarento e aparentemente idiota - a sério, quem é que faz uma aposta irrealista de dois mil milhões de francos, e dá a mulher e as suas propriedades como garantia?, vê o seu destino irremediavelmente ligado a um homem, e pelo mesmo método a que foi forçada no passado.
É pois aqui que entra em cena o Marquês Louis de Villeclaire - um mulherengo do piorio, ou libertino e depravado assumido, como não tem problema de admitir. O Marquês é atraente, milionário, um idiota de primeira com as mulheres, mas lá no fundo, bem lá no fundo (imaginem-se a atirar uma pedrinha num poço sem fundo, e depois de não sei quanto tempo ouvem o som da pedra a embater contra algo), até tem um bom coração - influências da sua ama, a condessa Marie de Thievenaz, ou Mimi, que acolhe Catherine, sempre suspeitando que lhe desperta algo de familiar, quando o seu destino a leva ao castelo no Vale do Loire.

Há por ali uma série de mal-entendidos que leva a uma separação dos dois protagonistas. Catherine permanece no castelo, ao passo que Louis regressa à parafernalia de Paris (que é como quem diz, aos bordéis e às festas com os amigos - atenção, o livro está apenas polvilhado com pequenas descrições, nada de grave que possa ferir susceptibilidades -, o rapaz é um libertino. Ponto.)
E como se não bastásse o carácter boémio, ainda por cima é burro. Porque se deixa enlear pela trama dourada de duas senhoras recém-chegadas de Londres - a Viscondessa e a sua filha Blanche de Belfort.

E eis que começa a telenovela. - Porque suas senhorias, não perdem tempo em deitar a mão à fortuna desmedida do Marquês, e não olham a meios para obter os seus objectivos.
A parte divertida dá-se quando a querida amiga de infância de Louis - a Duquesa Isabelle Dufour - toma conhecimento da situação e, através de engenhosas ideias as desmascara (a sério, até para uma telenovela, achei delicioso).

Lá para os capítulos finais, os fios do destino de Catherine e de Louis voltam-se a cruzar (se bem que as circunstâncias não sejam as melhores. A rapariga sofre ali um revés e...) e depois não é que se dá uma transformação no moço? De boémio passa a casto, imaginem só! Juro que fiquei parva, e desiludida. Se bem que em pensamento, continua o mesmo de sempre. Embora mais contido...

E o fim chegou em poucas páginas e se querem saber, soube-me a pouco. Vou-vos ser sincera, estava à espera de mais acção (não propriamente do tipo de acção acção ahah) mas achei o final um pouco chocho... Quer dizer, depois de tantas emoções ao longo da leitura (pura telenovela, porque era assim que me sentia quando via alguma - a raiva contra os vilões; a adrenalina por saber que estão perto, tão perto de serem desmascarados; aquele prazer nas picardias entre personagens, em que se vê a léguas que estão mesmo para ficar juntos... enfim, esse rol de emoções e depois puff.) Algo precipitado, como se a autora já não soubesse o que dizer, ou estivesse apressada para concluir.

Mas pronto, não me posso queixar, porque depois de dois meses e tal para ler o Morte em Pemberley (que foi um bom livro, diga-se de passagem), sabe muitíssimo bem, ler um livro assim em dois dias e meio (valha-me os transportes, que isso de vir a ler no comboio a caminho de casa ajuda ehehe)

Não diria que gostei muito, como gostei de tantos outros, mas pela celeridade da leitura, que até foi fácil (e não tinha letras garrafais xD) e apesar das tricas e dicas e do final qu deixou a desejar, até foi uma leitura leve e agradável.  Por isso vou abrir uma excepção:

Classificação: 3,5/5